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Ação de 'segunda linha' é aposta para 2014

Papéis menos negociados na Bolsa, também conhecidos como "small caps", deram lucro a investidores em 2013

Setores de educação e infraestrutura estão entre os bem-vistos por consultores, mas é preciso analisar riscos

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

"O baixo crescimento econômico no Brasil e a maior demanda por títulos de dívida dos Estados Unidos vão pressionar negativamente a Bolsa em 2014. Mas, assim como em 2013, as ações de menor porte devem ter desempenho diferenciado. Basta escolher as melhores opçõesjulio hegeduseconomista-chefe da Lopes Filho

As ações menos negociadas no mercado são aposta de investidores para 2014, depois de um ano de decepção do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, que recuou 15,5% em 2013.

Esses papéis, também chamados de "small caps" ou ações de segunda linha, chegaram a subir quase 48% no ano passado.

Foi o caso da ação da Estácio, de ensino superior, que avançou 47,6%. A da Anhanguera, do mesmo segmento, teve valorização de 29,3%. A queda registrada neste início de 2014, até sexta-feira passada, é vista como pontual (veja detalhes no quadro).

"O governo tem estimulado o crescimento do setor educacional, com programas de acesso das camadas mais humildes da sociedade às universidades. Isso tem ajudado a sustentar os lucros dos grandes grupos", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.

Machado ressalta, porém, que, como a alta recente foi expressiva, os ganhos futuros tendem a ser menores.

INFRAESTRUTURA

Empresas ligadas a projetos de infraestrutura também são avaliadas por analistas como boa alternativa para driblar o cenário ruim para a Bolsa no longo prazo.

"O Brasil tem acelerado esse tipo de projeto para atender à demanda gerada por Copa do Mundo e Olimpíada", afirma Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho. "Foram realizados vários leilões de concessão de rodovias, por exemplo, em 2013", acrescenta.

Vale destacar, no entanto, que as obras de infraestrutura duram anos, até décadas. Logo, a expectativa de ganho com ações do setor precisa ser de longo prazo.

IMÓVEIS

No segmento imobiliário também há boas oportunidades para 2014, de acordo com analistas, apesar de as ações do setor terem, em média, caído no ano passado. É preciso avaliar caso a caso.

O índice de referência do segmento imobiliário na Bolsa terminou 2013 com desvalorização de 26,39%.

A alta do juro básico, a Selic, encarece o financiamento imobiliário e prejudica as vendas dessas empresas. "Mas algumas atendem classes econômicas mais baixas, como aquelas que se enquadram no Minha Casa, Minha Vida, e acabam conseguindo sustentar bons lucros", diz Pedro Galdi, economista-chefe da SLW Corretora.

Entre as que se destacaram em 2013, estão Eztec e Tecnisa, com altas de 15,7% e 11,2%, respectivamente.

IBOVESPA

Para o Ibovespa, índice que agrega as ações mais negociadas da Bolsa, as perspectivas são de mais um ano difícil, com pressões internas e vindas do exterior.

Internamente, deve continuar desfavorecendo a Bolsa o baixo crescimento econômico --que prejudica as empresas e, consequentemente, suas ações na Bolsa--, além da possibilidade de corte na nota do Brasil por agências de classificação de risco.

No cenário externo, a recuperação americana faz dos títulos públicos dos Estados Unidos --considerados seguros-- um destino mais procurado pelos investidores estrangeiros.

"Esses fatores vão pressionar negativamente a Bolsa em 2014, mas, assim como em 2013, as ações de menor porte devem ter desempenho diferenciado. Basta escolher as melhores opções", acrescenta Hegedus.


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