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Análise
Faça as contas para saber se consultoria compensa
Taxas cobradas por especialistas podem 'comer' boa parte de ganhos
Cada investidor tem um método de preferência para aplicar seus recursos. Existem dois grupos principais: o dos confiantes, que agem por conta própria, e o dos mais inseguros --que ou se assumem supersticiosos e procuram a estrada de ouro nas cartas e nos búzios ou buscam a ajuda de consultores.
O consultor tem mais conhecimento do que a maioria dos cidadãos para efetuar análises do mercado e indicar boas opções de investimento. Esse profissional, porém, opera em um mercado repleto de incertezas, havendo sempre a possibilidade de incorrer em prejuízos.
Como forma de prevenir as perdas, o consultor pode acabar optando por reduzir o risco do investimento --e o potencial de ganho--, tornando seu serviço custoso para o resultado que gera ao cliente.
Ao consumidor insatisfeito cabe o seguinte questionamento: até quanto vale a pena pagar pelo serviço de consultoria financeira?
Uma boa maneira de responder a essa pergunta é comparar o retorno oferecido pelo consultor com o rendimento de um ativo livre de risco, como o CDI (juro médio do empréstimo entre bancos) ou a Selic (taxa básica de juros). Se o retorno do investimento não for suficiente para superar o rendimento desse ativo, já descontado o valor pago à consultoria, saiba que estará perdendo dinheiro.
Para R$ 10.000 de investimento, por um ano, e uma taxa de R$ 500 cobrada pela consultoria, valerá a pena contratar o serviço apenas quando o rendimento ultrapassar R$ 11.550 (considerando um ativo livre de risco que remunera 10,5% ao ano). Ou seja, o retorno bruto precisaria ser maior que 148% do CDI/Selic para que fosse vantajoso para o cliente.