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Inflação "mascara" bom desempenho do setor de serviços

Faturamento do segmento de maior peso no PIB teve aumento de 8,5% no acumulado do ano até novembro

Os preços no setor subiram na mesma intensidade (8,6%) nesse intervalo, de acordo com o IPCA

PEDRO SOARES DO RIO

Em um patamar elevado, a inflação dos serviços "mascarou" o bom desempenho do setor, cujo faturamento cresceu 8,5% de janeiro a novembro de 2013, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado desconsidera a evolução dos preços dos serviços, que subiram 8,6% nesse mesmo período, de acordo com o IPCA.

Desse modo, o setor, de maior peso no PIB (Produto Interno Bruto), viveu "uma estagnação" em 2013, de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). "Num primeiro olhar, parece um bom desempenho, mas ele é mascarado pela inflação muita alta", diz Fábio Bentes, economista da entidade.

De acordo com Bentes, as famílias continuaram a consumir serviços, mas as empresas cortaram custos e reduziram investimentos, o que provocou a estabilidade.

Pelos dados do IBGE, os serviços prestados às famílias (alimentação, cabeleireiro, hotéis e outros) cresceram 10,5% no acumulado de 2013. Já ramos mais voltados ao consumo das empresas, como o de serviços de informação e comunicação, que tiveram alta de 7% no período, apresentaram uma variação inferior à inflação --ou seja, um resultado negativo, se descontado esse efeito.

Para Mauro Rochlin, economista do Ibmec, os serviços sofrem, além da inflação, com a restrição do crédito, que reduz a capacidade de consumo. Apesar dos financiamentos serem mais destinados à compra de bens, as famílias têm de ajustar seus orçamentos com menor oferta de crédito.

Outro entrave, afirma, é a inadimplência ainda elevada, apesar do indicador ter registrado em 2013 a primeira queda em 14 anos.

COMBUSTÍVEIS

O reajuste dos combustíveis provocou uma freada do faturamento do setor de serviços, que cresceu, em termos nominais, 8,6% em novembro na comparação com igual mês de 2012, abaixo dos 8,8% registrados em outubro.

Com o preço mais alto de gasolina e diesel, a atividade de transporte terrestre, uma das de maior peso dos serviços, perdeu fôlego e reduziu seu ritmo de expansão de 8,7% em outubro para 8,1% em novembro.

Bentes prevê que os serviços mantenham em 2014 uma tendência de estabilidade como reflexo da previsão de um crescimento econômico fraco neste ano.


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