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Operação em SP resgata 41 trabalhadores de carvoarias

Fiscalização mira região de Bragança

INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO

Quarenta e uma pessoas que trabalhavam em regime análogo à escravidão em carvoarias na região de Bragança Paulista (a 90 km de São Paulo) foram resgatadas na operação Gato Negro, deflagrada anteontem.

Conduzida por uma força-tarefa formada por Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público (MP) e Ministério do Trabalho (MPT), a operação, que teve seu segundo dia ontem, chegou a uma fazenda perto da cidade de Piracaia, na qual é produzido o carvão da marca Cacique e 15 pessoas trabalhavam.

Na terça-feira, 19 adultos e 7 crianças já haviam sido resgatados em outras dez carvoarias da região.

Um dos locais fabricava o carvão da marca São José, vendido em grandes redes de supermercado e também em churrascarias.

Os 15 trabalhadores resgatados ontem recebiam o pagamento de três em três meses, em cheques que só podiam usar em um mercadinho de Piracaia, segundo relato de uma agente da PRF que acompanhou a operação. O proprietário da carvoaria não foi encontrado.

A marca Cacique deve ser notificada hoje. A região de Bragança Paulista é responsável por 70% da produção de carvão no Estado.

Para o superintende do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luiz Medeiros, os resultados da operação demonstram a falta de fiscalização de entidades de classe, órgãos governamentais e prefeituras. "O Estado é ausente em todos os sentidos. Não vi sindicato lá, é uma zona de exclusão", afirmou.


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