Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Alta do IOF derruba interesse por cartão pré-pago em até 80%

Procura em corretoras caiu, após elevação do imposto de 0,38% para 6,38%, há 1 mês

Para especialistas, elevação de custos pode impulsionar compra no mercado paralelo de dólares por brasileiros

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Com o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para gastos no exterior em transações como no cartão pré-pago, a procura por esse tipo de produto despencou até 80% em corretoras consultadas pela Folha.

Em algumas casas de câmbio, os pré-pagos, que representavam pelo menos metade do volume total vendido em moeda estrangeira, agora --um mês após a elevação do tributo-- correspondem a cerca de 10%.

Foi o caso da TOV Corretora, diz Fernando Bergallo, diretor de câmbio da empresa.

Em média, a redução da demanda em seis corretoras consultadas pela Folha foi de 40%, enquanto a busca por dinheiro em espécie aumentou na mesma proporção.

Em 27 de dezembro, o governo subiu de 0,38% para 6,38% a alíquota de IOF nos pagamentos em moeda estrangeira feitos com cartão de débito, saques em moeda estrangeira no exterior, compras de cheques de viagem (traveler check) e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira.

"A alteração representa hoje aumento de custo de R$ 0,12 por dólar. Assusta o consumidor", diz Bergallo.

Luiz Ramos, diretor comercial da Fitta Turismo, também sentiu impacto no volume de operações. "Houve 45% de queda na procura pelos pré-pagos e uma migração quase que total desse volume para moedas em espécie", afirma.

Para Ramos, o aumento do IOF pode ter ainda outra consequência: o incentivo ao câmbio ilegal.

"Em algumas regiões onde o mercado paralelo é mais presente, houve redução da venda do pré-pago sem uma migração acentuada para dinheiro em espécie. Acreditamos que nem todo mundo passou a procurar mais moedas vendidas oficialmente."

Para o consumidor, o principal risco do câmbio ilegal é não haver registro oficial da operação, pois não há emissão de nota. Com isso, o turista pode ser barrado na imigração ao ter de explicar a origem do dinheiro que carrega.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página