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EUA pedem inspeção de Boeing-767 contra falha

Problema já é conhecido desde 2002 e não há acidentes relatados até hoje

Fabricante diz que monitora aviões; no Brasil, TAM afirma que já faz todas as inspeções recomendadas

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) ordenou ontem a inspeção de todos os aviões Boeing-767 operados nos EUA por causa de possíveis problemas na cauda do modelo --um dos mais comuns na aviação comercial americana.

Em nota publicada no diário oficial americano, a FAA diz que o possível problema do 767, no sistema conhecido como "elevador", que fica na parte móvel da cauda, pode levar o piloto a "perder o controle da aeronave".

A agência ordena que as companhias aéreas façam "inspeção para determinar a condição" da peça, que deve ser modificada ou substituída, "se necessário".

A medida entra em vigor na segunda e as companhias têm até seis anos para cumpri-la. Segundo o jornal "Wall Street Journal", cerca de 400 aviões que operam nos EUA devem ser inspecionados.

BRASIL

No Brasil, apenas a TAM opera esse tipo de aeronave. Por meio de sua assessoria, a companhia disse que possui nove aviões 767, que fazem voos entre o Brasil e os EUA.

A companhia disse que está ciente das recomendações da FAA e que faz inspeções constantes desde 2000.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou que a ordem emitida nos EUA também vai vigorar no Brasil a partir do dia 3 de março.

FALHA RECONHECIDA

O problema não é novo: a FAA e a Boeing têm acompanhado possíveis falhas desde 2000. Nenhum acidente com esse tipo de avião foi registrado até hoje. Mas, segundo a FAA, a falha pode prejudicar a capacidade de o avião decolar ou aterrissar.

Desde que começou a operar o 767, em 1982, a Boeing vendeu 1.061 exemplares do modelo pelo mundo.

A Boeing respondeu à diretriz da agência dizendo que "trabalha em estreita colaboração com a FAA para monitorar a frota para potenciais problemas de segurança e tomar as medidas apropriadas".

A decisão representa mais um revés para a companhia, que enfrentou problemas no ano passado com o 787 Dreamliner, o avião mais moderno do mundo.

Companhias como a United Continental contestaram a nova exigência, argumentando que inspeções prévias ordenadas pela FAA já contemplam esse risco. A Boeing projetou, em 2007, uma correção permanente, que algumas companhias já adotam.


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