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No Brasil, governo avalia crise como "transitória"

SHEILA D'AMORIM NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Apesar do alerta com o estresse financeiro dos últimos dias, que abalou a confiança dos investidores nas economias emergentes como o Brasil, a equipe econômica acredita que os movimentos dos mercados refletem muito mais uma "volatilidade passageira" do que "uma crise".

A avaliação de interlocutores do governo é que, por enquanto, a instabilidade está sendo sustentada por uma percepção de que poderia haver uma reversão rápida no crescimento da China, o que poderia ter impacto no desempenho econômico do resto do mundo.

Porém a aposta desses interlocutores é que essa desaceleração mais acentuada da economia chinesa não virá.

Para a equipe econômica, o sistema de financiamento de empresas na China, que sofreu com um recente calote, não será um "novo Lehman Brothers" --um dos maiores bancos dos EUA que quebrou e desencadeou a crise financeira global de 2008, afundando a economia americana e boa parte do mundo.

Nos bastidores, argumenta-se ainda que foi extremamente positiva, e sem surpresas, a decisão do banco central dos Estados Unidos de reduzir de US$ 75 bilhões para US$ 65 bilhões a injeção mensal de dinheiro na economia americana.

O discurso oficial insiste na tese de que o Brasil está bem preparado para as mudanças no cenário global.

O argumento é o de que as reservas internacionais no patamar de US$ 375 bilhões dão munição ao BC para conter um maior estresse no mercado cambial, e a dívida de curto prazo é bem menor do que no passado.

O risco de que a volatilidade se alongue muito, o que poderia afetar o crescimento mundial, com repercussões no nível de atividade da economia brasileira, é considerado "muito pequeno".

Interlocutores da área econômica afirmam que, numa eventual crise, os emergentes sofrerão impactos diferentes entre si e terão respostas diversas a esses impactos.

Por ora, as previsões no Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) seguem imóveis: aproximadamente 2,5% se o pior acontecer. Ou seja: a volatilidade se prolongar.

Integrantes do Executivo não apostam ainda em uma alta mais acelerada da Selic, como tem ocorrido entre emergentes. A avaliação é que o Brasil já estava nesse caminho antes mesmo do recente estresse.


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