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EUA crescem e preocupam emergentes

Dado preliminar do PIB de 2013 reforça apostas de que país 'roubará' investimentos dos mercados em desenvolvimento

Presidente do banco central da Índia cobra cooperação externa dos países ricos com os emergentes

CAROLINA MATOS ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

O crescimento dos EUA em 2013, divulgado ontem, foi mais um fator para o clima de crise que paira sobre os países emergentes.

A expansão de 1,9% do PIB no ano passado --dados preliminares--, que ficou de acordo com as estimativas, reforçou a percepção de que os estímulos à economia dos EUA sofrerão novos cortes até terminar no fim deste ano.

Considerando apenas o segundo semestre, o crescimento foi de 3,7% --o maior para o período desde 2003 (5,8%).

A informação favoreceu as Bolsas de Nova York --o índice Dow Jones terminou o dia em alta de 0,70%, e o S&P 500, de 1,13% --, mas não os mercados emergentes.

Com menor injeção de recursos na economia americana --o incentivo foi reduzido mais uma vez anteontem--, diminui o dinheiro disponível para investimentos em outros países.

Além disso, com a retomada, os EUA voltam a ser mais atraentes aos investidores em detrimento de mercados considerados de maior risco.

No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, caiu 0,66%, para 47.244 pontos --menor nível em seis meses.

O preço do dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve um alívio depois de sete sessões seguidas de alta, fechando em baixa de 0,94%, a R$ 2,412, mas ainda sobe 2,16% no ano.

Das 24 moedas emergentes mais negociadas, 13 encerraram os negócios em queda ontem na comparação com o dólar, e, em 2014 até agora, todas caem.

"COOPERAÇÃO"

Nesse cenário, o presidente do banco central da Índia, Raghuram Rajan, cobrou cooperação dos países ricos com os em desenvolvimento, destacando que esses mercados ajudaram a tirar o mundo da crise de 2008.

Ontem, os governos da Índia e da Rússia disseram que vão continuar atuando para manter a estabilidade das suas economias.

A Índia não detalhou as ações e a Rússia informou que vai interferir mais no câmbio para conter a queda do rublo ante o dólar. Neste ano, a baixa é de 5,57%.

Índia, Turquia e África do Sul elevaram suas taxas de juros nesta semana para tentar conter a saída em massa de recursos estrangeiros.

Para economistas consultados pela Folha, as ações dos países emergentes são tardias e paliativas.

Mas André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos afirma que, quanto ao Brasil, "não há motivo para pânico e a reação dos mercados tem sido exagerada".


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