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Por custo, corretora estuda fim de cheque de viagem

Procura por item caiu com imposto igual ao do cartão de crédito, de 6,38%

Já busca por dólar em espécie cresceu e falta moeda em casas de câmbio da periferia de São Paulo e Rio

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Pouco mais de um mês depois da elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 0,38% para 6,38% para gastos no exterior também em cheques de viagem --os "traveler checks"--, a Folha apurou que pelo menos uma grande casa de câmbio do Brasil estuda retirar a modalidade do portfólio.

De acordo com a empresa, que não quis ser mencionada por ainda não ter definido como será feita a extinção do produto --se gradativamente ou de uma só vez--, o fim do cheque de viagem é iminente por falta de procura.

Segundo profissionais do mercado, a busca por essa modalidade para levar dinheiro para o exterior, que já era baixa mesmo antes do aumento do imposto, diminuiu ainda mais com a elevação do custo, que agora empata com o do cartão de crédito.

Entre as desvantagens do cheque de viagem estão o fato de ele não ser aceito por muitos estabelecimentos comerciais no exterior e de, algumas vezes, ser aplicado um desconto no valor para que seja aceito como forma de pagamento.

DINHEIRO VIVO

Por outro lado, após as mudanças no IOF, cresceu a procura de brasileiros por dinheiro em espécie em casas de câmbio do país e, em algumas delas --na periferia de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, ou em outros municípios, como Londrina (PR) e Salvador--, começa a faltar moeda, principalmente dólares, para atender a demanda.

De acordo com Luiz Ramos, diretor comercial da corretora Fitta Turismo, diante da falta de dólares em espécie, muitos acabam comprando moeda sem registro em corretoras que vendem de maneira irregular.

"Nem todo o mercado estava preparado para lidar com o aumento da demanda por papel-moeda. Muitas lojas ficaram desabastecidas e o consumidor não está preparado para saber se está comprando legalmente ou ilegalmente a moeda", diz.

Consultores recomendam a opção de levar dinheiro em espécie a quem vai passar um período não muito longo no exterior, como em viagens de férias ou a trabalho, e para despesas pequenas, como táxi e gorjetas em restaurantes e hotéis.

Para quem vai ficar mais tempo, como em um curso, os especialistas afirmam que há pouca praticidade em carregar os recursos de uma vez.

"Além disso, há a insegurança de andar com dinheiro vivo no bolso", diz Samy Dana, economista da FGV (Fundação Getulio Vargas).


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