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Bolsa e juros levam fundos de pensão a ter deficit de R$ 18 bi

Setor pede a governo maior tolerância a perdas; metade tem plano deficitário

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

O aumento da taxa de juros, a aceleração da inflação e uma queda de 15% do Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores) abateram a rentabilidade dos fundos de pensão no ano passado.

E pode levar participantes e patrocinadores a ter que injetar recursos para cobrir desequilíbrios.

Pesquisa da Abrapp (associação que reúne os fundos de pensão), feita pela consultoria Gama com 242 entidades, mostra que 122 delas registravam deficit em pelo menos um dos seus planos de previdência em setembro do ano passado.

O número de planos deficitários --cujos passivos superaram os ativos-- praticamente dobrou, de 136 em 2012 para 262 no ano passado.

O saldo foi pior que em 2009, ano do auge da crise financeira global.

"Em 2013, as perdas foram simultâneas em todos os mercados", disse Silvio Rangel, da comissão de investimentos da Abrapp e diretor da Fibra (fundo dos empregados de Itaipu).

Grandes compradores de títulos prefixados do governo, os fundos viram esses papéis perderem valor com a alta da taxa de juros (Selic). Ações deprimiram com o menor crescimento econômico. Do outro lado, a inflação encareceu benefícios.

Assim, o deficit dos fundos (só torna prejuízo se eles venderem esses títulos) chegou a R$ 18 bilhões em setembro.

Diante disso, os fundos pedem que o governo afrouxe o limite de perdas por três anos.

A tolerância atual é um deficit de 10%. Caso ultrapasse esse limite, o fundo tem que se reequilibrar com o aumento de contribuições de participantes e patrocinadores. O setor pede que o teto suba para 15% até 2015.


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