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Caro Dinheiro

Tenho R$ 650 mil em fundo DI e LCA; mantenho ou diversifico?

T.O.N., de Campinas (SP)

RESPOSTA DO ECONOMISTA SAMY DANA, DA FGV (FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS) - Em sua pergunta completa, você informa que, além de ter aplicações no valor de R$ 650 mil divididas em fundo DI (R$ 350 mil) e Letras do Agronegócio (R$ 300 mil), acabou de financiar um terreno em 48 parcelas e se considera conservador, independentemente do rendimento oferecido. Assim, no seu caso, mesmo para diversificação, só serão interessantes aplicações de baixo risco.

O fundo atual em que disse estar investindo --um produto DI-- apresenta boa liquidez (facilidade de resgate dos recursos) e taxa de administração relativamente baixa (0,5% ao ano), enquanto a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) também se mostra atraente, pois é isenta de Imposto de Renda e tem retorno garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil.

Para valores acima desse limite, como no seu caso, porém, é importante analisar o risco do banco no qual está investindo. Afinal, a LCA é um empréstimo feito ao banco, remunerado a partir das características específicas da instituição e do CDI (taxa média dos juros dos empréstimos entre bancos) praticado.

Como a duração do investimento ultrapassará dois anos --na pergunta completa, você informa interesse em investir por cinco anos--, uma alternativa para diversificar é um CDB (Certificado de Depósito Bancário), que teria alíquota de IR de 15%. Para esse prazo, um banco grande e com risco relativamente baixo pagaria por volta de 102% do CDI. Descontando impostos, o retorno seria de 86,7%.

Dessa forma, a aplicação em LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) ou LCI (Letras de Crédito Imobiliário) --ambas modalidades isentas de impostos-- só é vantajosa caso o banco seja grande e ofereça 86,7% de retorno do CDI ou mais.

Por fim, outra alternativa interessante de investimento para substituir o fundo de renda fixa é a aplicação nos títulos do governo por meio do Tesouro Direto.

Nesse caso, o investidor está emprestando dinheiro ao Tesouro. Essa modalidade possui custos de transação baixos --algumas corretoras não cobram taxas de corretagem. Vale a pena pesquisar e barganhar.

Para quem busca investimentos de baixo risco, essa é uma boa opção, uma vez que o calote do governo brasileiro é uma possibilidade ainda distante.

Com o Tesouro, obtém-se rentabilidade bruta de, aproximadamente, 13,03% ao ano. Descontando a taxa de custódia e impostos, a expectativa de retorno líquido será de 11,13% ao ano.

A diversificação da carteira com a possibilidade de aplicação em Tesouro contribuirá para a redução do risco dos investimentos.

Pelo seu perfil mais avesso ao risco, essa pode ser a opção mais eficiente para reduzir possíveis custos sem perder rentabilidade.


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