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Análise

Indústria dá 2014 como 'perdido' e já olha para 2015/2016

Empresas já esperavam interrupção no ciclo de alta; indústria automotiva vive um período de arrumação

(EDUARDO SODRÉ) EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

A indústria automotiva instalada no Brasil já olha para o biênio 2015/2016. Esse período é visto por executivos como o mais promissor desde o início da produção de veículos em grande escala no país, embora ainda haja grande preocupação com os desdobramentos das políticas de incentivo à produção local.

Combinadas à alta do dólar, as mudanças nas regras de importação nos últimos dois anos afetaram fortemente as principais empresas importadoras e levaram a uma onda de anúncios de novas fábricas. Marcas que planejavam produzir localmente tiveram de acelerar seus planos e antecipar anúncios, para obter cotas que viabilizassem a manutenção das operações no país.

Já as grandes fabricantes precisaram adaptar-se às normas do programa Inovar-Auto, modificando alguns de seus produtos e revendo projetos de futuros lançamentos.

Essas mudanças demandaram tempo de desenvolvimento e tiveram alguma influência sobre os resultados de 2013. O mercado interno, que teve seguidos recordes por uma década, sentiu esse efeito, que veio atrelado ao período de crédito restrito.

Contudo, as empresas já esperavam que a interrupção no ciclo de alta viesse a acontecer e sabem que a retomada não será imediata.

As previsões tímidas para os resultados de 2014, sempre justificadas pelos eventos que deverão prejudicar as vendas, mostram que a indústria automotiva vive um período de arrumação.

Esse movimento inclui a retomada do crédito, com financeiras oferecendo novas opções de planos para uma carteira de clientes menos propensa à inadimplência.

Tais consumidores já estão voltando às lojas motivados pela onda de lançamentos, principalmente de modelos de entrada. Com experiência anterior de crédito e bom histórico, são os que conseguem as melhores taxas e movimentam o mercado.

As montadoras precisam desse público e de mercados estrangeiros para escoar produção e evitar ociosidade. Pelas conversas com o governo, executivos esperam que acordos internacionais e políticas de incentivo às exportações sejam anunciados até o fim deste ano. Aí virá 2015, com novo ciclo de crescimento.

No próximo ano, o início da produção de algumas das novas fábricas nacionais irá unir os pontos: as empresas estarão adaptadas ao Inovar-Auto, os clientes terão motivos para ir às lojas e não haverá Copa nem eleições.


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