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Outro lado

Grupos negam empréstimos cruzados

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

O grupo J&F, controlador do Banco Original e da Flora, e a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello negam empréstimos cruzados entre as instituições financeiras.

O advogado Maurício Campos Júnior, defensor de Kátia Rabello no caso, afirmou que as operações são completamente autônomas e que a proximidade das datas e dos valores dos empréstimos é uma "coincidência".

"O Banco Rural não era impedido de emprestar recursos à Flora, assim como o Original não era impedido de emprestar recursos à Trapézio. Mas a proximidade das datas e dos valores fez presumir que se tratasse de uma operação triangular", disse.

Segundo ele, os encargos das operações financeiras, os prazos e as datas de vencimento são diferentes.

A J&F informou, em nota, que o Banco Original foi procurado no final de 2011 pela Trapézio, que "ofereceu retornos e garantias considerados pertinentes pela área de crédito do Original".

Segundo a J&F, foram oferecidos R$ 130 milhões em ações do Banco Mercantil de Pernambuco e R$ 80 milhões em ações do Rural como garantia --o que correspondia a 262% a mais do que o valor do empréstimo concedido.

A operação, segundo a holding, recebeu rating B pela área de crédito do Original.

A holding diz ainda que as empresas não financeiras do grupo, como a Flora, "jamais tiveram nenhuma correlação e desconhecem as operações realizadas pelo Original".

Por fim, a J&F diz que mantém relacionamento há mais de 20 anos com o Banco Rural, com a realização de diversas operações financeiras.

A abertura das contas às vésperas dos empréstimos ocorreu porque a empresa tem como praxe abrir conta específica para cada operação de crédito, diz a nota.

Indiciado pela Polícia Federal, o presidente da J&F, Joesley Batista, não concedeu entrevista. Kátia Rabello está presa por envolvimento no mensalão.


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