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Brasil na balança

Investimento puxa PIB; ritmo deve seguir lento

Taxa de investimento foi de 18,4%; objetivo do governo é chegar a 25%

Ânimo dos empresários arrefeceu no final do ano, com cenário global, alta dos juros e elevação do dólar

GUSTAVO PATU DE BRASÍLIA PEDRO SOARES SAMANTHA LIMA DO RIO

Uma surpresa favorável estancou a piora das expectativas para a economia do Brasil, mas ainda sem sinalizar o fim do ciclo de crescimento lento que já dura três anos.

Divulgado ontem, o Produto Interno Bruto --a medida da produção e da renda do país-- de 2013 mostrou expansão modesta de 2,3% e encerrou o pior triênio desde o fim da década de 1990.

O alento veio do resultado do último trimestre, uma melhora de 0,7% na comparação com o trimestre anterior. Até então, temia-se uma taxa negativa, que permitiria o diagnóstico de recessão.

Com a descoberta de que a economia não estava tão ruim em dezembro, tendem a melhorar também as expectativas para este ano, em razão de um ponto de partida igualmente mais benigno.

SINAIS DE FRAGILIDADE

O governo Dilma Rousseff pôde comemorar ainda o crescimento contabilizado de 6,3% dos investimentos, ou seja, das despesas públicas e privadas com obras de infraestrutura e compras de equipamentos destinados a elevar a produção.

Entretanto, nem o inveterado otimismo do ministro Guido Mantega, da Fazenda, chega ao ponto de projetar taxas mais vistosas para o PIB no horizonte visível --afinal, sinais de fragilidade permanecem nos resultados.

O consumo das famílias, que vinha impulsionando a economia nos anos anteriores, teve expansão semelhante à do PIB. Foi a menor taxa em uma década.

Trata-se de um sinal de exaustão da estratégia oficial de estimular as compras por meio do crédito, especialmente nos bancos estatais, e da ampliação dos programas de transferência de renda.

Na teoria, o papel de motor da economia deveria agora passar do consumo para o investimento. No entanto, o ânimo dos empresários arrefeceu no segundo semestre de 2013, com novas incertezas do cenário global, alta dos juros para conter a inflação e perspectiva de elevação das cotações do dólar.

A despeito da melhora, concentrada na primeira metade do ano, a parcela investida da renda nacional não passou de 18,4%, abaixo dos 19,5% do final do governo Lula e, mais ainda, dos 25% almejados pela governo.

Considerado pelo mercado um dos países mais vulneráveis a turbulências na economia global, o Brasil acumula no governo Dilma o crescimento mais fraco entre as principais economias emergentes --ainda que haja desaceleração generalizada.

A renda por habitante teve elevação de apenas 1,4% e atingiu exatos R$ 24.065 no ano passado, ou pouco mais de R$ 2.000 mensais.


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