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J&F quer impedir que ex-sócio abra fábrica de celulose

Grupo diz que contrato garante não concorrência; empresário nega versão

RICARDO MIOTO DE SÃO PAULO

Um conflito entre a J&F, grupo que controla o frigorífico JBS e a Eldorado Brasil Celulose, e um ex-sócio foi parar na Justiça paulista.

A empresa acusa Mário Celso Lopes de ter descumprido uma cláusula contratual de não concorrência, assinado por ele há dois anos, quando vendeu ao grupo os 25% que tinha na Eldorado Celulose. A informação foi publicada na edição de ontem de "O Estado de S. Paulo".

Lopes se comprometeu, na época, a se abster de qualquer atividade ligada ao mercado de celulose por dez anos.

Para a J&F, Mário Celso Lopes estaria agora usando, porém, o fundo MCL, do qual é cotista, para abrir uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, através de uma empresa chamada CRPE Holding.

Essa empresa foi criada no ano passado e já conseguiu um financiamento de R$ 731,5 milhões da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste).

Lopes continuaria ainda cultivando eucaliptos através da Eucalipto Brasil, empresa que, segundo a ação judicial movida pela J&F, ele deveria ter vendido, mas não vendeu.

Na Justiça, a J&F pediu liminar para determinar que ele abandone qualquer atividade relacionada à celulose.

O pedido foi negado em primeira e segunda instância. Para o desembargador Teixeira Leite, não é o caso de liminar.

"É certo que os documentos indicam que Lopes continua a atuar no mercado de celulose", escreveu. Para o desembargador, porém, cabe à J&F esperar Lopes apresentar a devida defesa antes que se tome qualquer decisão.

À Folha, Lopes disse que a cláusula contratual é bem clara. Ele não poderia participar do setor enquanto pessoa física (como executivo, por exemplo), mas que a restrição não pode ser utilizada contra um fundo do qual participa. "Não tenho mais cargo. Sou só um cotista, e não há limitação quanto a isso. Quem gere o fundo é o BTG Pactual."

Sobre a fábrica de Ribas do Rio Pardo, diz "o objetivo único e visível [da J&F] é tentar impedir que se invista uma região carente, de economia estagnada".

A J&F não quis se pronunciar sobre o assunto.


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