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Nome do Copacabana Palace para na Justiça

Polêmica envolve a inclusão da marca Belmond no nome do estabelecimento no Rio

OSNI ALVES DO RIO

A Justiça do Rio vai decidir se o grupo britânico Orient Express, dono do Copacabana Palace, poderá mudar o nome do hotel para Belmond Copacabana Palace.

A mudança está prevista para o dia 10 de março.

Em ação civil pública, o empresário Omar Peres argumenta que o Copacabana Palace é um símbolo, uma referência da cidade do Rio.

"O hotel é um bem tombado e isso deveria englobar o nome do empreendimento."

O imóvel, inaugurado em 1923, foi tombado em 2008.

Peres, que está construindo um hotel na orla de Copacabana, onde também fica o estabelecimento do Orient Express, disse que sua iniciativa não visa nenhum tipo de promoção pessoal.

"O que eu ganharia com isso? Nenhum hotel do Rio vai competir com o Copacabana Palace", afirmou, em referência ao hotel que constrói.

Peres, que atua na indústria naval e é dono de uma afiliada da TV Globo, comprou em 2013 um imóvel na avenida Atlântica conhecido como "casa de pedra".

Ele contratou para projetar o seu hotel a arquiteta iraquiana Zaha Hadid, que já recebeu o Pritzker, o Nobel da arquitetura.

NOME GLOBAL

Diretora-geral do Copacabana Palace, Andréa Natal informou que todos os 45 hotéis e empreendimentos turísticos de luxo do grupo Oriente Express acrescentarão o nome Belmond às suas marcas.

A marca Belmond foi criada pelo grupo para reunir seus investimentos no setor de turismo de luxo.

Além de hotéis, a marca engloba serviços como trens e cruzeiros fluviais.

Segundo a diretora, o grupo ainda não foi informado da ação judicial.

A unidade carioca tem 241 quartos e faturou R$ 128 milhões ano passado e pretende chegar a R$ 150 milhões no fim deste ano. Em 2012 o hotel investiu R$ 30 milhões na reforma dos apartamentos do prédio principal.

Amanhã acontece no hotel mais uma edição de seu baile de Carnaval, um dos mais luxuosos da cidade.

Tradição nos anos 40 e 50, a festa foi interrompida por alguns anos e desde 1993 acontece sem interrupções.

"O grupo Orient Express fez uma pesquisa mundial, mas acho que não fez no Brasil", disse a advogada Lenisa Monteiro Dantas, advogada de Omar Peres.

Para a advogada, a mudança "ofende a cultura e a história da cidade".

"Qual o sentido de alterar um nome que é sucesso mundial? Duvido que a cidade de Paris deixaria mudar para Belmond Plazza Athenée, ou o Claridge de Londres para Belmond Claridge", disse.


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