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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Finanças Pessoais

Temporada desfavorável para os depósitos em poupança

A taxa de juros básica da economia, a Selic, continua em elevação. O Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a taxa mais uma vez no último dia 26, para o patamar de 10,75% ao ano. E, como a inflação teima em não sair de cena, a possibilidade de uma nova alta não está descartada.

Nesse contexto, os investidores que optam pela poupança precisam repensar a escolha, já que sua remuneração é pouco favorável em cenário de elevação dos juros. Em primeiro de março, por exemplo, a rentabilidade de 0,5540%, equivalente a 6,85% ao ano, perde para outras alternativas de investimento.

Para comparar a poupança com outros produtos de investimento, com mesmo tipo de risco --o de crédito--, vamos considerar a taxa Selic estável em 10,75% durante um ano, equivalência entre a taxa Selic e a DI, a poupança estável em 6,85% e incidência de 20% de Imposto de Renda, válida para operações entre 181 e 360 dias.

POUPANÇA

Nesse patamar de juros, as duas poupanças, a nova e a antiga, pagam exatamente a mesma remuneração, sendo irrelevante se o depósito foi feito antes ou depois de 4 de maio de 2012.

Em cenário de juros altos, como o atual, seria mais vantajosa a remuneração variável de 70% da taxa Selic. Mas a regra vigente determina juro fixo de 0,5% ao mês além da TR (Taxa Referencial).

Quanto maior a taxa Selic, menor será a rentabilidade da poupança quando comparada a outras alternativas de investimento.

A perspectiva de vermos a taxa Selic em patamar inferior a 8,5% ao ano deve tardar. Assim, perde força a recomendação de preservar os depósitos antigos. Vale a pena avaliar outras possibilidades.

LFT

A Letra Financeira do Tesouro representa menor risco de crédito para o investidor, paga 100% da taxa Selic e pode ser comprada no portal do Tesouro Direto. Entretanto, submete o investidor a pagamento de Imposto de Renda e de outras taxas cobradas.

A taxa de corretagem pode ser negociada com a instituição financeira habilitada e varia entre zero e 0,50% ao ano. O Tesouro Direto disponibiliza em seu site o ranking das taxas cobradas pelas instituições. Pesquise, negocie e contrate visando pagar a menor taxa possível.

A taxa de custódia cobrada pela BM&Bovespa é fixada em 0,30% ao ano. Não há espaço para negociação. Supondo corretagem de 0,25%, em um ano a rentabilidade líquida do investidor seria de 8,16%, vantagem de 1,31 ponto percentual em relação à oferecida pela poupança.

FUNDOS DI

Para ganhar nos fundos DI uma rentabilidade equivalente à da poupança, o investidor pagará taxa de administração de 2,18% ao ano.

Se você não tiver acesso a fundos com taxa de administração igual ou menor do que essa, permaneça na poupança. Quanto menor a taxa de administração do fundo, melhor para o investidor.

CDB DI

O ponto de equilíbrio entre as aplicações em CDB-DI (Certificados de Depósito Bancário) e a poupança se encontra nas operações que pagam 80% da taxa DI. A rentabilidade bruta é de 8,60% que, após o pagamento de 20% de IR, resulta em rentabilidade líquida de aproximadamente 8,65%, equivalente ao que receberia nos depósitos em poupança.

Quanto maior o percentual da taxa DI, maior a vantagem do investidor. Quanto maior o capital investido, maior tende a ser o percentual da taxa DI. Em algumas instituições financeiras, ultrapassa 100% do DI.

Mas evite concentrar muito dinheiro em um banco apenas, lembrando que a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) se limita a R$ 250 mil por investidor por instituição financeira.

LCI ou LCA

Assim como os depósitos em poupança, as operações de LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) são isentas de IR. Ocorre que os bancos ficam com um bom pedaço dessa vantagem e repassam ao investidor apenas pequena parte do benefício fiscal.

Se o seu poder de barganha é pequeno e a cotação que o banco lhe oferece não supera 80% da taxa DI, sua remuneração será a mesma dos depósitos em poupança.

Procure negociar cotação na faixa de 90% da taxa DI para que a vantagem da isenção fiscal beneficie ambas as partes: os bancos, que reduzem o custo de captação e podem oferecer, em contrapartida, crédito mais barato, e o investidor, recompensado pelo esforço e disciplina de reduzir o consumo e poupar para o futuro.


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