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Tensão chinesa afeta mercados globais

Preço do minério de ferro tem 2ª pior queda e afeta ações da Vale; Ibovespa recua ao menor patamar desde julho

Papéis de siderúrgicas também são afetados com preocupação sobre situação da economia do país asiático

GABRIEL BALDOCCHI DE SÃO PAULO

Novos sinais de uma possível desaceleração da economia chinesa adicionaram tensão os mercados e derrubaram cotações de matérias-primas e de ações ligadas ao setor de commodities.

A China é a maior compradora mundial de minério de ferro. Absorve metade das vendas externas brasileiras do produto, o principal na pauta de exportações do país.

Por isso, o desempenho da economia asiática é seguido com atenção por investidores no Brasil e no mundo. Pressionado por ações da Vale e de siderúrgicas, o Ibovespa recuou 1,54% e está no menor patamar desde julho de 2013.

Dados divulgados no final de semana mostraram uma retração de 18% nas exportações chinesas em fevereiro. Analistas esperavam um avanço de ao menos 5%.

A desconfiança sob o ritmo de crescimento impôs afetou as Bolsas da Ásia logo pela manhã e se alastrou pelo mundo ao longo do dia.

O minério de ferro referência no mercado chinês caiu 8,3%, a segunda maior queda já registrada. A cotação acumula uma retração de 22% desde o início do ano.

Empresas brasileiras exportadores de commodities amargaram perdas, com as ações de siderúrgicas como CSN e Usiminas caindo mais de 3%. Os papéis da Vale recuaram 2,66%, assim como se desvalorizaram os das principais mineradoras mundiais.

"Enquanto não tiver números que comprovem que o PIB da China vai crescer 7,5%, o mercado vai ficar nervoso. Se a China não melhora, o pessimismo não se dissipa", afirmou Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.

As ações da Petrobras também foram afetadas pela aversão ao risco que tomou o mercado. Os papéis da estatal recuaram 2,33% apesar do voto de confiança dado pelo mercado na captação feita pela companhia no exterior.

Segundo a agência Reuters, a operação de bônus no exterior para captar US$ 8,5 bilhões teve uma demanda de US$ 22 bilhões.

Para analistas, a ausência de notícias positivas no Brasil colaborou para uma pressão maior da Bolsa em dia de tormenta no mercado global.

"Aqui a situação está um pouco pior porque tem a possibilidade de rebaixamento [da nota de crédito], eleição à frente, juros e inflação em alta. É uma somatória de dados que tem feito a Bolsa ficar de lado o ano inteiro" afirma Bruno Gonçalves, da WinTrade/Alpes Corretora.

No mercado de câmbio, o dia foi de trégua. O dólar comercial subiu 0,21%, para R$ 2,353, contido por um movimento de correção após o avanço de mais de 1% registrado na sexta-feira.


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