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Produção da indústria sobe em janeiro

Alta, de 2,9% sobre dezembro, não recupera as perdas do final do ano, e analistas preveem ano mais fraco que 2013

Produção de bens de capital teve salto de 10%; recuperação atingiu 17 dos 27 setores acompanhados

PEDRO SOARES DO RIO

Os dados da indústria em janeiro trouxeram dois alentos: um melhor ritmo de produção em relação aos dois últimos meses de 2013 (alta de 2,9%, segundo o IBGE) e a retomada dos investimentos --a produção de bens de capital (máquinas, equipamentos, caminhões e outros) subiu 10% sobre dezembro.

O resultado de janeiro superou a média das previsões dos analistas, que esperavam alta de 2,5%. A melhora se deveu à redução dos estoques de importantes setores, especialmente o de veículos (leia texto ao lado).

Esses fatos positivos, entretanto, contrastam com o cenário turvo que se desenha para 2014. André Macedo, gerente do IBGE, aponta que a indústria não recuperou a perda de novembro e dezembro e opera 4% abaixo do seu pico, em maio de 2011.

Em relação a janeiro de 2013, houve queda de 2,4% na produção, e o indicador dos últimos 12 meses saiu de uma alta de 1,2% em dezembro para uma expansão de 0,5% em janeiro.

FAMÍLIAS

Para Macedo, os problemas no caminho da indústria são um consumo das famílias em ritmo menor e um cenário internacional "não muito favorável" às exportações brasileiras ""em especial para a Argentina.

Apesar da valorização do dólar, ainda ocorre uma grande penetração de produtos importados, competindo com vários setores da indústria, segundo o técnico do IBGE.

Apesar do alento da alta de investimentos --só bens de capital tiveram desempenho positivo sobre janeiro de 2013, de 2,5%--, o crescimento da categoria não recupera a perda de 15% no acumulado de novembro e dezembro.

PERSPECTIVAS

Apesar da melhora em janeiro, analistas esperam mais um ano de fraco crescimento da indústria em 2014.

A Rosenberg & Associados já colocou em revisão sua projeção e estima que o aumento na produção da indústria deva oscilar entre 0,5% e 1% --índices inferiores ao 1,2% obtido em 2012.

É que, diz a consultoria em análise, os dados preliminares de fevereiro e as vendas de veículos, "mornas", não permitem, por enquanto, maior otimismo com relação à recuperação da indústria neste primeiro trimestre.

Já a LCA vê um crescimento "mais moderado" em fevereiro e atribui boa parte de recuperação de janeiro ao fim das férias coletivas de vários setores em dezembro, que não se repetiram no primeiro mês do ano. A LCA manteve sua projeção de alta de 1,7% para a indústria em 2014.


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