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Petrobras admite menor conteúdo local

Presidente da estatal prioriza aumento de produção a política de dar primazia a conteúdo nacional em encomendas

Graça Foster diz que não dará preferência a aluguel de navio de apoio no país se isso trouxer risco a metas

SAMANTHA LIMA DO RIO

Em um posicionamento incomum em seus comentários sobre a política de conteúdo local nas encomendas do setor de petróleo e gás, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse ontem que não vai dar prioridade ao aluguel de navios de apoio no Brasil se isso trouxer risco aos planos de aumentar a produção.

Quando abordou o tema, anteriormente, Graça sempre procurou defender a política, implementada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mantida por sua sucessora, Dilma Rousseff, embora costume usar a ressalva de que sua adoção deva considerar a competitividade técnica e de preços.

Ontem, porém, diante de uma plateia de representantes de estaleiros e empresas de aluguel de embarcações, Graça afirmou que não há espaço "para jeitinho" no atendimento à Petrobras, justificando a contratação de embarcações estrangeiras.

Os comentários foram realizados após a empresa ter divulgado a abertura da sétima e última rodada do Prorefam (Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo).

"Não é possível fazer tudo no Brasil, e a Petrobras não pode esperar. Não há nada sobre a mesa que justifique atrasar nossa curva de óleo. Não há prioridade de nenhuma indústria diante de nossa indústria de óleo. Não é viável para nós nenhum risco. Não é possível dar jeitinho", disse.

Para Graça, equalizar prioridades da empresa diante da política de conteúdo nacional e das dificuldades do mercado é difícil. A Petrobras quer elevar a produção no Brasil de 1,93 milhão para 4,2 milhões de barris por dia, até 2020.

ENTRAVES

A dificuldade de contratar navios de apoio brasileiros se deve a elevados preços e a entraves técnicos. Entre as contratadas, a Petrobras informa que tem atingido de 50% a 60% de conteúdo local.

O presidente do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria Naval), Ariovaldo Rocha, diz que a "construção naval brasileira cumpre sua missão estratégica de atender parte da demanda da Petrobras".


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