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Parcerias reduzem os custos de divulgação

Acordos permitem ganhar clientes e fazer nova marca ser mais respeitada

Troca de favores entre empresas pode dar acesso a melhores preços em compras ou facilitar a distribuição

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Para chamar a atenção para a Actus, escola de idiomas que abriu com sua mulher, o empresário Flávio Costa, 39, comprou uma máquina de algodão-doce e outra de pipoca. Ele não usa os equipamentos no próprio estabelecimento, mas, sim, para animar eventos de empresas do mesmo bairro, na zona norte de São Paulo.

Ele também sorteia kits de maquiagem em comércios do entorno, premiando os clientes que escrevem as frases mais criativas em inglês.

Firmar esse tipo de parceria é uma alternativa para que pequenos empresários aumentem o alcance de seus negócios sem fazer grandes investimentos.

As ações podem ter o objetivo de aumentar a divulgação das empresas, dar acesso a melhores preços (em compras em conjunto, por exemplo) ou facilitar a distribuição de produtos, explica o consultor do Sebrae-SP Haroldo Eiji Matsumoto.

Segundo Costa, esse tipo de relacionamento ajuda a fortalecer a marca da escola na região e faz com que o número de matrículas aumente. O negócio começou em 2010 com 50 alunos e hoje são 320.

"Minha marca não vai aparecer na televisão ou no rádio. Então preciso que os alunos me vejam em vários lugares: participando de vários eventos no bairro, pareço maior do que sou."

A Flores Online, que vende arranjos e presentes pela internet, desenvolveu uma série de parcerias com floriculturas de 20 cidades para aumentar a quantidade de locais nos quais consegue entregar os arranjos no mesmo dia do pedido.

Eduardo Casarini, 37, fundador e presidente da empresa, diz que, para que o modelo funcionasse, foi preciso fazer treinamentos para que os distribuidores pudessem fazer os mesmos arranjos vendidos por sua empresa.

"É como se fosse a gente lá. Mas a entrega é feita por um parceiro que sabe qual a qualidade que precisamos ter", afirma Casarini.

Ele diz que outro fator decisivo para garantir que suas parcerias durem no longo prazo é manter uma divisão do lucro que seja vantajosa para todas as partes. A loja virtual não revela qual a participação recebida por cada empresa nestas vendas.

RELAÇÃO COM GIGANTES

Algumas companhias de porte médio também usam parcerias com marcas mais fortes para passar credibilidade aos clientes.

Rafael Alvim, 28, sócio da franquia de lojas de alimentos congelados Telu, fechou um acordo com a cervejaria Petrópolis. Pelo contrato, a Telu deve destacar as bebidas da marca Itaipava em um cardápio especial de comida de boteco que foi lançado em fevereiro e ficará disponível por três meses.

Ele conta que foram impressos 50 mil cardápios, distribuídos entre as 14 unidades da rede. Em contrapartida, a empresa obteve preços melhores na compra das bebidas e ajuda de custo para imprimir os menus.

"O retorno de uma ação como essa é muito maior para a gente. Mas, para grandes empresas, essas parcerias são uma forma de fazer marketing barato e direcionado."


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