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Inauguração deve ter 'cara' do público, e não do dono

Empresário precisa tentar surpreender cliente; promoções exigem cuidado

Ofertas ajudam a atrair atenção, mas podem frustrar consumidor logo na abertura do novo negócio

A inauguração de um pequeno negócio pode não atrair tanto burburinho quanto o gerado pela chegada ao Brasil da loja americana de moda Forever 21, que levou quase 3.000 pessoas a um shopping de São Paulo no dia 15. Mas, com planejamento, é possível gerar um certo barulho e fazer com que os clientes queiram voltar.

O primeiro passo, dizem especialistas, é identificar exatamente quem é o público do estabelecimento e descobrir como surpreendê-lo. Um dos erros comuns é pensar mais nos gostos do dono do que no dos clientes. "Talvez você não seja o seu público-alvo", afirma Marcelo Sinelli, consultor do Sebrae-SP.

O bar Gibi Cultura Geek, que fica em São Paulo e é voltado para o público nerd, usou a lógica dos games na estratégia de inauguração. A casa está sendo aberta em fases, como em um jogo --a estratégia de comunicação da casa gira em torno disso.

O estabelecimento começou a operar em janeiro, em uma "versão beta", só durante a semana.

Neste mês, houve a primeira atualização --o funcionamento aos sábados.

"A ideia é que a inauguração real aconteça daqui a uns três meses. Será o lançamento da nossa versão 1.0",afirma Tiago Almeida, 34, sócio-fundador do bar, no qual foram investidos R$ 700 mil.

O cardápio também está sendo atualizado aos poucos. "A pessoa pode ter comido algo aqui na semana passada que não encontrará mais quando voltar", diz o empresário. Segundo ele, "ninguém fica bravo, porque todos estão acostumados com isso na versão de teste dos games".

Para atrair público, vale fechar acordos com comerciantes da região para divulgar a abertura. É possível, por exemplo, distribuir cupons de desconto a clientes de outros estabelecimentos.

É indicado buscar centros de atração de pessoas nos bairros, como igrejas, praças e pontos finais de ônibus.

SENSO DE RIDÍCULO

Para Sinelli, "é preciso abrir mão do senso de ridículo" na hora de se planejar. "Não precisa ser apelativo, mas tem que chamar a atenção das pessoas", afirma.

A Ótica Diniz, rede de franquias com mais de 750 lojas, costuma fazer carreatas com palhaços, malabaristas e distribuição de pipoca quando chega a uma nova cidade.

Outra prática é fornecer de graça mil armações aos clientes, que têm de pagar pelas lentes, diz Paulo Mero, diretor de marketing da empresa.

Segundo Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da consultoria GS&MD, a estratégia é válida. "É preciso se planejar e negociar com o fornecedor para ter uma promoção forte", afirma.

Entretanto, é preciso tomar cuidado para não frustrar o consumidor --como deixar acabar muito rápido os itens em desconto ou prêmios oferecidos. "Sempre prometa menos do que você vai dar", diz Angelina Stockler, sócia-diretora da consultoria de varejo ba}STOCKLER.

"Você vê uma oferta ou o anúncio de um prêmio, mas, quando chega, o produto já acabou. Isso é um tiro no pé."


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