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Dilma cai em pesquisa, e Bolsa dispara

Com piora na avaliação do governo, papéis de estatais sobem forte e Ibovespa tem maior alta em 7 meses; dólar recua

Investidores apostam que empresas seriam menos utilizadas como instrumento político por um novo governo

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

A piora na avaliação do governo Dilma Rousseff na pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem impulsionou as ações das estatais e levou a Bolsa brasileira a registrar a maior alta diária em quase sete meses, enquanto o dólar atingiu o menor preço desde novembro do ano passado.

O movimento, dizem analistas, reflete a perspectiva do mercado de que as estatais sejam menos usadas como instrumento político caso um candidato da oposição vença as eleições de outubro.

A pesquisa mostrou queda na avaliação positiva do governo Dilma de 43% em dezembro para 36% em março.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia com valorização de 3,5%, aos 49.646 pontos. Foi o maior ganho diário desde 2 de setembro e a maior pontuação desde 16 de janeiro.

"As companhias públicas têm sofrido muito desde o ano passado, servindo de muleta para o governo", afirmou Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

"A Petrobras, por exemplo, tem que amargar prejuízo com a diferença entre o preço pelo qual compra derivados de petróleo no exterior e o de venda dos produtos no Brasil para não pressionar a inflação do país", completou.

Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, avançaram 8,12% --maior alta diária desde 6 de março de 2013.

Já as ações ordinárias da companhia, menos negociadas e com direito a voto, tiveram ganho de 7,55%, maior avanço desde 28 de outubro.

Mesmo com esse desempenho, os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras ainda têm perdas em 2014 de 8,84% e 7,32%, respectivamente.

DISCURSO

"O discurso da oposição é mais pró-mercado, por isso agrada a possibilidade de a Dilma enfrentar dificuldade para ser reeleita", disse Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.

Outras estatais também dispararam (veja quadro ao lado). Na semana passada, os papéis de companhias públicas já haviam subido fortemente em meio a rumores de que Dilma teria perdido espaço em pesquisa eleitoral.

O levantamento, porém, mostrou estabilidade nas intenções de voto, com a presidente apresentando larga vantagem sobre os rivais.

DÓLAR

O otimismo visto na Bolsa ajudou a moeda americana a ter forte queda em relação ao real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em baixa de 1,79%, a R$ 2,271. É o menor valor desde 20 de novembro de 2013.

Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 1,73%, a R$ 2,268 --mesmo patamar de 18 de novembro do ano passado e o menor valor desde o dia 4 daquele mesmo mês.

Para operadores, também colaboraram para a queda do dólar as intervenções do Banco Central no câmbio.


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