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Após corte de nota pela S&P, país capta recursos em euro

Governo obtém € 1 bilhão com venda de títulos e afirma que operação mostra que fundamentos do Brasil estão positivos

Foi o primeiro negócio na moeda europeia desde 2006, quando país ainda não tinha selo de bom pagador

SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA

O governo levantou ontem € 1 bilhão com a venda de títulos da dívida pública nos mercados europeu e norte-americano. Os papéis pagarão aos investidores juros de 2,96% --a menor taxa já obtida pelo governo em captações feitas em euros.

Essa foi a primeira operação em euros desde 2006. Naquela época, porém, o Brasil não tinha o "grau de investimento", selo de bom pagador concedido pelas agências de avaliação de risco e que o país só obteve em 2006.

O resultado da operação foi comemorado pelo governo como um sinal de confiança na economia brasileira, três dias após a agência de risco Standard & Poor's ter diminuído a classificação de crédito do Brasil, de "BBB" para "BBB-" --a última nota em que o país mantém o selo de bom pagador.

O rebaixamento foi justificado pela piora dos resultados fiscais e pelo crescimento lento da economia brasileira.

"Para nós é muito importante que, independente das considerações de agências e alteração de rating, os fundamentos do Brasil estão positivos", afirmou ontem o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Segundo ele, o resultado da emissão na Europa abre caminho para que empresas brasileiras possam também vender papéis nesse mercado a taxas baixas.

Outros países, como Israel e Lituânia, optaram recentemente por captar dinheiro em euro, e não em dólar. A explicação é que custos para emitir em dólar estão ficando mais altos devido à retirada de estímulos pelo banco central americano (Fed).

Essa foi a primeira emissão externa brasileira desde outubro de 2013, quando o país lançou títulos em dólar no mercado americano.


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