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BC prevê inflação acima de 6% neste ano

Estimativa anterior apontava alta de 5,6%; tarifa de luz e alimentos puxam aumento

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

O Banco Central elevou sua projeção para a inflação em 2014 de 5,6% para 6,1%. Ao mesmo tempo, reduziu a estimativa de crescimento da economia de 2,3% para 2,0%.

Os dados estão de acordo com aquilo que o BC apontou como fato na experiência brasileira: nos períodos de inflação alta, em geral, a taxa de crescimento foi baixa.

"O caminho da prosperidade passa por taxas de inflação baixas e estáveis", disse Carlos Hamilton, diretor de Política Econômica do BC.

Se os números se confirmarem, será o segundo ano seguido de alta de preços superior ao ano anterior --em 2013, o índice subiu 5,9%. E o quinto ano de IPCA acima do centro da meta de 4,5%.

Segundo o BC, há quase 40% de chance de estourar o limite de 6,5% da meta, o que não ocorre desde 2003.

Entre os motivos para a revisão estão aumento dos alimentos, inflação acima da esperada nos últimos meses e reajustes maiores de tarifas. O BC destacou, por exemplo, a alta esperada de 9,5% na conta de luz neste ano.

O diretor do BC disse que a instituição vem fazendo o melhor ao seu alcance para levar a inflação para 4,5%, mas há fatores fora do seu controle, como câmbio, excesso de chuvas e secas prolongadas.

"Tivemos também uma política fiscal expansionista em alguns desses anos. O mercado de trabalho está apertado. Tudo isso tem de ser levado em conta."

Outro problema ligado à política econômica, segundo ele, é o adiamento de reajustes de preços controlados pelo governo, o que aumenta a incerteza sobre a inflação.

Entre as ações ao alcance do BC está o aumento dos juros. Desde abril de 2013, a taxa básica (Selic) passou de 7,25% para 10,75% ao ano.

Para analistas, as novas projeções reforçam a aposta de outro aumento nos juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na semana que vem.

Hamilton disse ainda que o aperto nos juros tem mostrado resultados e que efeitos defasados dessas ações ainda terão impacto nos preços. A instituição não afirmou, no entanto, quando o IPCA voltará ao patamar de 4,5%, o que não ocorre desde 2009.


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