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Preços na zona do euro têm menor avanço desde 2009
Inflação em março foi de 0,5% ao ano, e cresce expectativa de novas ações do banco central do bloco de 18 países que usam o euro
A inflação na zona do euro, em março, perdeu força pelo terceiro mês seguido e atingiu o menor nível desde novembro de 2009, aumentando a expectativa de que o BCE (banco central do bloco de 18 países) vai tomar uma medida radical para tentar estimular a economia.
A inflação ao consumidor ficou em 0,5% ante um ano antes, queda de 0,2 ponto percentual em relação a fevereiro. Em março de 2013, o índice tinha subido 1,7%.
Essa queda nos preços é preocupante porque indica que a demanda é fraca, com as empresas tendo que reduzir preços para atrair os consumidores disponíveis.
O perigo da deflação fez aumentar as especulações de que o BCE vai reduzir mais a taxa de juros em reunião que acontece depois de amanhã. Desde o ano passado, os juros do bloco estão em 0,25%, o menor nível histórico.
Uma outra hipótese discutida por analistas é a adoção de novas medidas, como a compra de títulos no estilo da adotada pelos EUA.
Mas a Páscoa tardia neste ano, que adiou o impacto da alta dos preços de viagens e hotéis quando muitas pessoas viajam na Europa, pode encorajar o banco central da zona do euro a esperar até a reunião de junho para agir.
"Isso manterá muito viva a possibilidade de mais afrouxamento da política monetária", disse Nick Kounis, chefe de pesquisa econômica do ABN AMRO. "Porém, o banco central tem mostrando bastante tolerância com a inflação baixa recentemente."
Os dados divulgados ontem pela agência de estatísticas oficial não detalharam os dados por país (geralmente são publicados duas semanas depois), mas, para algumas nações --casos de Grécia e Portugal, por exemplo--, a deflação já é uma realidade.
