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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Nova safra terá exportação menor de etanol

Depois de dois anos em que superou os EUA nos embarques de etanol, o Brasil deve perder a dianteira para os norte-americanos em 2014. A previsão foi apresentada em teleconferência da Platts Commodities pela analista Beatriz Pupo.

A mudança se dá por dois fatores principais. Do lado dos Estados Unidos, o bom momento do preço do etanol de milho. O galão mais valorizado que o da gasolina incentiva a produção e favorece os embarques. Do lado brasileiro, pesa a safra menor de cana, que limita a oferta.

Para Pupo, "a nova safra começa com turbulência". As estimativas de produção de cana-de-açúcar foram revisadas para baixo por causa da estiagem recente, mas a demanda de álcool deve permanecer firme para atender o mercado de combustíveis.

Após os 596 milhões de toneladas na temporada 2013/2014, a região centro-sul se prepara para colher 570 milhões em 2014/2015. "Com o clima normal, seria possível chegar a 640 milhões", afirma Julio Borges, diretor da Job Economia.

O atendimento ao mercado será seletivo. Por isso, a exportação de etanol ficará em segundo plano. Para Borges, depois dos 2,5 bilhões de litros embarcados em 2013, o volume deve ficar na faixa de 1,8 bilhão a 1,9 bilhão de litros neste ano.

"Não há sobra de produto", diz Mirian Bacchi, pesquisadora do Cepea.

Na avaliação do mercado, a tendência é que o mix da nova safra repita o observado na temporada anterior: 55% da cana destinada para o processamento de álcool, e 45%, para o açúcar.

Outra prata O Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis, do Ministério de Minas e Energia, apontou o Brasil na vice-liderança global do consumo de biodiesel em 2013, com alta de 7,4% no consumo, que chegou a 2,9 milhões de metros cúbicos. Os EUA foram os primeiros (5,2 milhões).

Feira salgada Fazer a feira ficou 8,3% mais caro em março, mostrou o IPC, da Fipe. Essa foi a variação de preços do grupo que engloba frutas, legumes, tubérculos, verduras e ovos no mês passado. O campeão das altas? O tomate, sempre ele, com 52,3%. Em seguida veio a batata, com 43%.

Mais baixas A Bolsa de Chicago seguiu o movimento dos principais contratos futuros negociados de Nova York, com baixas generalizadas das cotações de commodities agrícolas. Para analistas, a acomodação de preços continua. A única exceção foi o suco de laranja, com alta de 1,9%.

Menos dependência No ano passado, as importações norte-americanas de energia, medidas em termos de conteúdo energético, recuaram ao menor patamar em mais de duas décadas. Estudo oficial atribuiu o desempenho ao crescimento da produção de petróleo e gás natural no país.

Preço do boi em SP registra o 1º recuo desde janeiro

O preço da arroba do boi recuou de R$ 128 para R$ 127 no noroeste do Estado de São Paulo, aponta levantamento da Informa Economics FNP. Foi a primeira baixa na região desde meados de janeiro, quando o valor era de R$ 114.

Os frigoríficos conseguem estender suas escalas de abate. Na avaliação de José Vicente Ferraz, diretor da consultoria, a baixa, modesta, reflete o momento de safra da pecuária bovina.

"O mercado tinha subido acima da expectativa. A tendência é o preço cair." Um recuo de até R$ 4 no valor de referência para São Paulo é considerado normal.

Essa queda, porém, deve ser modesta. A oferta, mesmo maior, não é abundante. A demanda firme para as exportações --que podem se beneficiar da restrição russa às compras da Austrália-- e o desempenho razoável do consumo doméstico sustentam as cotações do boi.

Pesquisa da Folha mostrou recuo de R$ 0,10 na cotação à vista do quilo de frango vivo em granjas de São Paulo, para R$ 2,45.


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