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Economia chinesa 'engasga', e Pequim lança minipacote de ajuda

Com PIB perdendo força, governo adota estímulo para setores como ferrovias e pequenas empresas

Anúncio não teve impacto na Bolsa brasileira porque, segundo analistas, medida era esperada

ANDERSON FIGO DA REUTERS DE SÃO PAULO

Com a economia dando sinais de pouco vigor, o governo chinês anunciou um minipacote de estímulos para estimular o segundo maior PIB global (atrás apenas do norte-americano).

Entre as medidas anunciadas, estão a construção de projetos ferroviários e a redução na alíquota dos impostos de empresas de menor porte.

Os valores do pacote não foram revelados por Pequim, mas as medidas marcam as primeiras ações concretas da China neste ano para estimular a economia.

Elas surgem depois de o primeiro-ministro Li Keqiang buscar, na semana passada, reassegurar aos mercados que Pequim estava pronta a fornecer apoio.

Duas pesquisas sobre a indústria divulgadas nesta semana aumentaram as preocupações de que o setor esteja se desaquecendo em ritmo muito mais rápido do que o previsto.

Consultorias e bancos estão reduzindo suas previsões para o avanço do PIB chinês, que, segundo eles, deve ficar mais perto de 7% do que da meta oficial de Pequim: 7,5%.

EFEITOS NO BRASIL

Diferentemente do que costuma acontecer nessas ocasiões, as medidas não tiveram impacto nas Bolsas. Segundo analistas, isso ocorreu porque os estímulos já vinham sendo esperados pelos investidores.

"Além disso, o tamanho do pacote não é tão expressivo quanto se previa, o que ajuda na reação neutra dos investidores", diz João Pedro Brügger, analista da consultoria Leme Investimentos.

"A expectativa é que Pequim anuncie, mais para a frente, medidas mais efetivas para estimular a economia, o que deverá, de fato, repercutir positivamente no Brasil e no restante do mundo."

As ações mais negociadas da mineradora Vale avançaram 0,65%, e os papéis ordinários, 1,17%. A China é o principal mercado comprador do minério de ferro produzido pela companhia brasileira.

Os papéis da Vale refletiram declarações do presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmando que prevê um cenário positivo para o preço do minério nos próximos anos, acima de US$ 100, segundo analistas.

Com os investidores aproveitando o dia para vender ações e embolsar lucros, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou ontem em queda de 0,57%.

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve valorização de 0,29% em relação ao real, encerrando o dia cotado em R$ 2,278 na venda.

Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 0,52%, a R$ 2,282. Foi o terceiro dia seguido que o dólar se valorizou em relação ao real.


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