Folha de S.Paulo

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Empresa 'perde' tubulação de 2,3 km na bacia de Campos

DO RIO

Uma contratada da Petrobras "perdeu" no fundo do mar um duto de 2,3 quilômetros de extensão que seria usado pela estatal brasileira.

O acidente, que aconteceu no dia 16 de março, mas só foi divulgado ontem pode atrasar o aumento da produção de petróleo, segundo analistas do setor. A estatal refuta tal possibilidade.

Em nota, a Petrobras afirmou que o acidente aconteceu quando se instalava o primeiro de um dos dois oleodutos da plataforma P-55 (campo de Roncador, na bacia de Campos).

Houve o rompimento de um cabo de aço do guincho que lançava o duto. Com isso, parte da tubulação caiu a cerca de 1.800 metros de profundidade e se perdeu, sem a possibilidade de ser reaproveitada. O navio que realizava o serviço é da empresa italiana Saipem, contratada pela Petrobras.

Segundo a estatal, os dutos danificados foram substituídos por outros que haviam sido adquiridos para o lançamento do segundo oleoduto da P-55.

A previsão é que a primeira parte do serviço ocorra ainda neste mês, com a instalação do primeiro duto.

NOVAS COMPRAS

A Petrobras afirmou, porém, que está em processo a aquisição de novos dutos para repor os que foram agora usados emergencialmente.

A P-55 entrou em operação em dezembro de 2013 e a previsão é que todos os poços do sistema entrem em produção ainda em 2014.

A capacidade total da unidade é de 180 mil barris/dia. A Petrobras não informou o volume atual de extração de óleo.

Na fase atual do projeto, o escoamento do petróleo produzido é realizado por oleoduto já instalado em outra plataforma, a P-54, como originalmente previsto, de acordo com a estatal.

"Esse duto será substituído quando forem instalados os dois oleodutos definitivos. Não haverá impacto na instalação do segundo oleoduto, já programada para o segundo semestre de 2014", diz a empresa, em nota divulgada ontem.