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Sites barateiam pesquisas, mas podem levar a decisões erradas

Empresários precisam tomar cuidado ao escolher quem serão os respondentes de questionários

Plataformas virtuais oferecem questões já formuladas e acesso a bases de internautas de grupos específicos

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Novos serviços de internet oferecem a pequenos empresários a possibilidade de criar, por conta própria, pesquisas de opinião.

As informações podem ser úteis para avaliar a satisfação dos clientes, planejar lançamentos e definir preços, por exemplo. Porém, caso o criador do levantamento não tome cuidados básicos, pode fazer interpretações erradas sobre os dados recebidos.

Segundo Paulo Carramenha, professor da ESPM, o público que se quer atingir é o principal fator para saber se esse tipo de ferramenta é adequado para um negócio.

"Se o empresário quer falar com o público em geral, há um limitador, porque a pesquisa só chega para quem usa a internet. Mas, se ele atende a outras empresas, será excelente, porque provavelmente ele tem os endereços de e-mail dos clientes."

Segundo ele, passa a valer a pena contratar uma companhia especializada quando há valores mais altos envolvidos: se a companhia fará um investimento de R$ 500 mil, vale a pena gastar R$ 50 mil para ter um estudo feito com critérios estatísticos, diz.

Já na avaliação de Davi Bertoncello, sócio da empresa Hello Research, erros que acontecem durante a criação e a divulgação dos estudos podem levar a decisões erradas do empreendedor.

"Não acredito que essas plataformas de self-service sejam uma boa opção. Embora elas ajudem a colocar a pesquisa no ar, o empresário não vai saber qual tamanho ela deve ter para a amostra ser significativa nem como analisar os resultados."

A falta de experiência dos clientes tem sido enfrentada pela Opinion Box e pela SurveyMonkey, que oferecem o serviço, com perguntas e questionários pré-formatados que ficam à disposição do empreendedor, blogs e materiais didáticos.

Algumas delas também possuem uma base de respondentes --o que pode facilitar levantamentos em que se deve entrevistar pessoas com perfis mais específicos.

VOZ DO POVO

A EduK, que há um ano oferece aulas pela internet, faz pesquisas com a SurveyMonkey para definir que conteúdos incluir no site.

Renan Cavalcanti, 24, gerente de marketing da empresa, conta que são produzidos questionários semestrais para descobrir quais os interesses do público.

Para que conseguir selecionar melhor quem responderá as questões, a companhia faz anúncios pagos divulgando a pesquisa no Facebook, o que permite definir qual será o perfil de internauta que verá o questionário.

Além disso, entre dois e quatro formulários são enviados por e-mail semanalmente, a cada estreia de aula.

"Já apostamos muito em alguns cursos e descobrimos que essa não era a preferência dos alunos. Íamos ensinar a fazer uma boneca que estava na moda, mas eles quiseram uma sobre outro modelo, que era mais pedagógico."


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