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FMI reduz previsão e vê PIB 'comedido'

Órgão corta pela 3ª vez estimativa de avanço brasileiro, em movimento que vai na contramão de otimismo global

Chance de uma recessão mundial neste ano é de 0,1%, ante 6% na estimativa anterior, de outubro de 2013

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O FMI reduziu pela terceira vez consecutiva a previsão de crescimento do PIB do Brasil neste ano. A piora do cenário para o país vai na contramão do otimismo do Fundo com economia global --especialmente para o avanço dos países ricos.

A nova estimativa indica que o país crescerá 1,8% neste ano --em janeiro, a previsão era de 2,3%. No ano passado, o PIB brasileiro registrou alta de 2,3%.

Em relatório divulgado ontem, o FMI classifica de "comedido" o crescimento da economia brasileira --"a demanda é apoiada pela recente desvalorização do real e pela alta de salários e do consumo", mas "o investimento privado continua fraco, em parte refletindo a baixa confiança empresarial".

Entre 32 países da América Latina e do Caribe, a estimativa para o PIB brasileiro (alta de 1,8%) só é melhor que a para 9 economias.

Na comparação com outros grandes mercados emergentes, o avanço só supera o 1,3% previsto para a Rússia, que sofre com turbulência política e sanções internacionais.

O texto do FMI diz que o Brasil tem necessidade de mais ajuste "porque, apesar do aumento da taxa de juros no ano passado, a inflação se manteve no teto da meta".

No ano passado, o IPCA (índice oficial de inflação) terminou em alta de 5,9%, próximo do teto da meta do governo (que é de 6,5%). Para este ano, o Fundo projeta inflação de 5,8%. A taxa de juros foi elevada em 2013 em 2,75 ponto percentual, para 10%, e o processo de aperto continuou neste ano, com a Selic alcançando 11% neste mês.

A previsão do FMI é mais otimista que a de analistas brasileiros tanto para o PIB como para a inflação. No primeiro caso, segundo pesquisa semanal do Banco Central com especialistas, a estimativa é de avanço de 1,63%.

Para a inflação, os analistas brasileiros acreditam que ela vai terminar 2014 em alta de 6,35%.

MUNDO

A nova redução da estimativa do Fundo para o crescimento do PIB brasileiro acontece em um momento em que o organismo aumentou seu otimismo para a economia global, puxado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

Segundo o Fundo, a chance de uma recessão global é de 0,1% neste ano. A estimativa anterior, de outubro do ano passado, era de 6%. A definição da entidade para recessão global é de um crescimento da economia mundial inferior a 2%.

Apesar disso, o FMI afirmou que, se os países não adotarem reformas estruturais, a economia mundial caminha para anos de crescimento abaixo da média.

Para este ano, o PIB global deve crescer 3,6%, de acordo com o organismo, 0,6 ponto percentual mais do que no ano passado.


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