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Dólar se desvaloriza após ata do Copom

GABRIELA BAZZO DE SÃO PAULO

Depois da divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que definiu o aumento do juro básico --taxa Selic-- para 11% ao ano, o dólar caiu em relação ao real.

A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, terminou o dia ontem em baixa de 1,08%, a R$ 2,191 --o menor preço desde 30 de outubro de 2013.

Para economistas, influenciou os negócios com câmbio a interpretação de investidores de que, ao sinalizar na ata que a política econômica deve permanecer vigilante em relação à inflação, o Banco Central indicou que deverá promover novas altas de juros caso o IPCA (índice de preços oficial do governo) não ceda.

O aumento da Selic tem dois efeitos: tende a encarecer o crédito e reprimir o consumo, o que desincentiva aumentos de preço, e atrai investidores estrangeiros --interessados em investir em títulos remunerados pelos juros--, aumentando o fluxo de dólares para o Brasil.

Com isso, a cotação da moeda americana cai, o que ajuda a baratear os importados.

Elad Revi, analista da Spinelli Corretora, acredita que o Copom suba a Selic em mais 0,25 ponto percentual na próxima reunião, em maio.

"Estamos nos aproximando da Copa e das eleições, períodos de gastos do governo, que pressionam a inflação."

André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, aposta na mesma alta. "No final de maio, o IPCA vai estar perto do teto [estipulado pelo governo, de 6,5% no ano], ou ter até superado esse patamar. Não tem clima para o BC parar de subir o juro."

O dólar comercial, usado no comércio exterior, teve leve alta ontem, de 0,31%, para R$ 2,204, depois de cair na véspera, o que pode indicar que R$ 2,20 seja considerado um valor mínimo de trabalho no mercado. Na Bolsa, o Ibovespa, principal índice, caiu menos que os pares internacionais: 0,11%, aos 51.127 pontos.


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