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Dilma diz que inflação é momentânea e culpa clima
'Alguns produtos sobem e outros caem'
Em meio a preocupações com os aumentos de preço na economia, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que a inflação no país é momentânea e sofre a influência de fatores climáticos.
"Nós mantemos um olho no controle da inflação. Mesmo quando ocorre --devido à seca no Sudeste, à chuva torrencial no Norte e à seca no Nordeste [...]-- em alguns produtos alimentares. Isso é momentâneo. Enquanto alguns produtos sobem, outros caem", afirmou Dilma, em cerimônia de inauguração de sistema de esgotamento sanitário em Porto Alegre.
As afirmações ocorrem na semana em que vieram a público os mais recentes números do IPCA, índice de inflação que é referência para as metas do Banco Central.
O índice ficou em 0,92% em março, maior taxa para o mês desde 2003 e acima de previsões que já eram pessimistas.
O indicador acumulado em 12 meses se aproximou mais do teto da meta do governo e fechou março em 6,15%. A meta de inflação é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%).
A disparada no preço dos alimentos contribuiu para o aumento do índice, ao responder por mais da metade da alta da inflação em março. O aumento nessa categoria foi de 1,92%, o maior desde janeiro de 2013.
CRISE
A presidente voltou a defender as medidas de sua gestão diante da retração econômica mundial.
Ela afirmou que jamais enfrentou a crise "à custa do trabalhador ou do empreendedor" e que a situação atual é de "baixa vulnerabilidade", já que o país possui reservas internacionais.
Também defendeu a redução de impostos em seu mandato e comemorou os níveis de emprego.
Nesta semana, o IBGE apontou que a taxa de desemprego no país em 2013 foi de 7,1%, na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio), primeira pesquisa nacional sobre mercado de trabalho do instituto.
"Reduzimos, sim, impostos, principalmente sobre a folha de pagamento. Era uma forma de melhorar a produtividade do trabalho", disse.