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Espero que FMI esteja errado sobre PIB, afirma Mantega

Nesta semana, órgão reduziu pela 3ª vez previsão de crescimento da economia brasileira, para 1,8%, ante 4,9% dos emergentes

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que espera que "o FMI esteja errado quanto à previsão de crescimento do PIB brasileiro", de 1,8%.

"O FMI teve um viés pessimista com os emergentes, deve ter se centrado nos dados de janeiro e fevereiro, quando o investidor estava mais avesso a risco", afirmou o ministro em Washington.

Mantega está na capital norte-americana participando de encontros do FMI e do Banco Mundial que reúnem ministros de Economia e presidentes de bancos centrais de todo o mundo.

"O mercado deu uma acalmada. Há uma volta de capitais para os emergentes, as moedas se valorizaram, as Bolsas estão subindo. Estamos de novo reconstituindo os fluxos. Espero que se enganem quanto ao crescimento do PIB", completou.

No início desta semana, o FMI reduziu pela terceira vez a previsão de avanço do PIB brasileiro neste ano, para 1,8% (ante 2,3% na projeção anterior), e classificou o crescimento da economia como "comedido" --a estimativa para os países emergentes é de alta de 4,9%.

Para Mantega, "2014 é o ano da saída da crise global. A recuperação dos países desenvolvidos, que é correta, vai acabar atingindo os emergentes também".

REFORMA

Em discurso programado para a manhã de hoje, o ministro da Fazenda deve sugerir ao Fundo "desvincular" a reforma do conselho de diretores do órgão (em que todos seriam eleitos diretamente) da mudança nas cotas dos países-membros.

Essa alteração nas cotas aumentaria a representatividade dos países emergentes no FMI, elevando os poderes de Brasil, China e Índia.

A reforma está empacada desde 2010, apesar de aprovada por todos os países, porque o Congresso dos Estados Unidos ainda não aprovou a mudança (e o Executivo americano precisa da aprovação parlamentar).

Principal acionista do FMI, os EUA têm, na prática, poder de veto no organismo multilateral. Isso porque conta com 16,75% de poder de voto e, para ser aprovada, a reforma exige 85% de apoio.

Mantega também deve dizer que a resistência dos países europeus "com representação além do seu tamanho" no Fundo também impede uma nova fórmula de cotas que represente "o peso" de suas economias.

Sobre o futuro banco de desenvolvimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Mantega disse que o Brasil ainda não apresentou uma cidade para sediar o banco. "Os outros quatro estão com propostas", afirmou. "O Brasil está fazendo menos força."


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