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A Copa Como Ela É

Jogo do Brasil terá menos arquibancada e mais VIP

Oferta de ingressos para torcedor comum é menor para ver seleção e final

Entrada de luxo custa US$ 2.000 em média; para Fifa, público em geral também pode se beneficiar de promoções

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

A oferta de ingressos à venda para os torcedores comuns foi menor para os jogos do Brasil do que para as demais partidas da Copa do Mundo.

Torcedores brasileiros e estrangeiros adquiriram 1,491 milhão de ingressos de um total de 3,334 milhões de assentos disponíveis, ou 45%.

Nos jogos do Brasil e na final, contudo, essa fatia caiu para 40%, apurou a Folha.

Os ingressos que deixaram de ser vendidos para o torcedor comum foram para o que a Fifa chama de hospitalidade, tíquetes de luxo cotados em dólar, em camarotes e em áreas VIP e com direito a bufê e vaga em estacionamento.

Do total de ingressos adquiríveis --descontados os convidados da Fifa e de governos e área de imprensa, que representam 10,3% do total--, a fatia destinada à hospitalidade foi de 20% nos jogos do Brasil e na final.

Considerando a soma de ingressos adquiríveis em todo o campeonato, a hospitalidade ficou com 14,9%.

Os ingressos de luxo são vendidos a empresas, patrocinadoras ou não, e ao público em geral. Eles custam em média US$ 2.000 (R$ 4.400).

Em consulta feita no site da Fifa anteontem, o ingresso mais barato disponível custava US$ 700 (R$ 1.540), e o mais caro, US$ 7.950 (R$ 4.290). É preciso adquirir ao menos duas entradas, e a venda é limitada a 40.

Em um relatório sobre a distribuição de ingressos distribuídos à imprensa, a Fifa argumenta que o torcedor comum também pode se beneficiar das promoções promovidas por patrocinadores.

"As afiliadas comerciais costumam usar cerca de 80% dos ingressos comprados em promoções ao consumidor, de modo que o beneficiário final será um membro do público em geral", diz a Fifa.

A cota de afiliadas comerciais (patrocinadoras) é de 605.191 ingressos em todo o campeonato, ou 18% dos ingressos disponíveis. Em levantamento feito com empresas patrocinadoras e nos sites das promoções, a Folha contabilizou 12.728 ingressos distribuídos em 32 campanhas promocionais de alcance nacional. Isso equivale a pouco mais de 2% dos ingressos destinados aos patrocinadores.

Não foram contabilizadas promoções regionais, que em geral sorteiam poucos pares de entradas, nem aquelas realizadas no exterior. Tampouco promoções de relacionamento interno das empresas (funcionários, colaboradores, equipe de vendas).

ALEMANHA E ÁFRICA

A distribuição de ingressos entre torcedores e patrocinadores também foi objeto de polêmica nas Copas de 2006 e 2010. Na Alemanha, houve até petições on-line para que a federação devolvesse ingressos. Na época, um executivo de marketing da Toshiba (então parceira da Fifa) deu uma declaração dizendo que "a tendência é limitar o número de ingressos ao público geral para fazer o patrocínio valer mais".


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