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Bradesco também supera Petrobras em índice da Bolsa
Itaú já havia tomado liderança no Ibovespa na 1ª prévia; com outro banco, estatal cai para 3º lugar
Novo cálculo prioriza o valor de mercado das empresas; lista final sai no mês que vem e vigora até agosto
Em meio a uma crise por questionamentos sobre a qualidade de sua gestão e seu uso como instrumento político, a Petrobras caiu mais um degrau na ordem de importância no principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa.
De acordo com a segunda prévia do novo índice que vai vigorar de maio a agosto deste ano, a estatal, líder de participação na carteira atual, foi para terceiro lugar, perdendo espaço para o Bradesco.
O líder --outro banco, o Itaú-- já havia conquistado o topo da lista, desbancando a Petrobras, na primeira prévia do índice, que saiu no início deste mês.
A relação definitiva das empresas sai no próximo dia 2 e passa a valer no dia 5.
Até lá, pode haver mudanças, mas principalmente no peso de cada ação no índice, e não na seleção de empresas, de acordo com analistas.
O novo cálculo prioriza o valor de mercado das companhias, resultante do preço da ação multiplicado pelo número de papéis das empresas.
Além disso, considera o número de ações disponíveis para negociação na Bolsa --ou seja, fora das mãos dos controladores e de investidores de longo prazo, como fundos de pensão.
Em segundo plano, vêm a a quantidade de negócios e o volume em dinheiro movimentado pela transação das ações --principais critérios da metodologia anterior. Outra alteração é que nenhuma ação do Ibovespa pode valer menos de R$ 1.
Ainda para analistas, as mudanças permitiram que os bancos ganhassem mais espaço no índice porque têm, em geral, um volume grande de ações em circulação e alto valor de mercado.
"O novo formato faz com que o desempenho do Ibovespa seja mais próximo ao comportamento da economia", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Sobre a Petrobras, economistas não acreditam em mais queda na lista final do Ibovespa, pois, com os próximos feriados, há poucos dias de negócios para que a estatal tenha perda relevante de valor de mercado.