Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

A Copa como ela é

Para prolongar greves, sindicatos planejam pagar eventuais multas

Força Sindical quer parar sindicatos com data-base estabelecida no primeiro semestre do ano

Justiça do Trabalho anunciou plantão extra para julgar conflitos, mas sindicatos dizem que pagarão as multas

MACHADO DA COSTA DE SÃO PAULO

De olho na Copa do Mundo, sindicalistas ligados à Força Sindical querem que, a cada semana, uma categoria entre em greve, até poucos dias da abertura do evento.

Ontem, em reunião realizada na sede da central, em São Paulo, lideranças de diversas categorias estabeleceram um calendário de paralisações a partir de 1º de maio.

As primeiras a cruzar os braços devem ser as de construção civil, indústria alimentícia e metalúrgicos.

A paralisação deve culminar em um ato nacional no dia 6 de junho, a menos de uma semana do início da Copa, marcado para o dia 12.

Nesse evento, a central espera levar às ruas 4,7 milhões de trabalhadores, ligados aos 759 sindicatos filiados.

Embora a expectativa da central sindical seja mobilizar todos os sindicatos filiados, apenas as categorias com data-base para negociação salarial estabelecida no primeiro semestre e que não conseguirem firmar acordos até lá entrarão em greve.

A cidade que deve contar com mais trabalhadores parados é São Paulo, onde também se concentram categorias essenciais ligadas à Força Sindical, caso dos prestadores de serviços de saúde e aeroportuários.

VITRINE

O presidente licenciado da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), afirma que o objetivo é usufruir da visibilidade que as manifestações ganharão no período.

"Ninguém está contra a Copa, mas ela ajuda na visibilidade, que pode ser até internacional. Estamos pensando nisso também."

Ficou definida também uma estratégia para enfrentar os questionamentos judiciários. Se os tribunais do Trabalho multarem sindicatos que não seguirem o estabelecido na Lei de Greve (leia texto ao lado), a central arcará com os custos.

Anteontem, a Justiça do Trabalho de São Paulo anunciou que os juízes farão uma força-tarefa para julgar as greves que ocorrerem durante a Copa. Os julgamentos poderão ocorrer até mesmo durante os finais de semana.

Sobre o anúncio, o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou: "Gostaria que fossem tão rápidos assim para julgar ações trabalhistas. As atividades essenciais deveriam ser trabalhadas durante todo o ano, e não apenas quando se faz greve".

Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, aponta também para questões econômicas ao justificar as ações da central. "Haverá a paralisação em razão dos problemas na economia, que vem se deteriorando e prejudicando as negociações salariais", afirma.

Segundo ele, algumas categorias estão em situação preocupante, como o setor sucroalcooleiro, que deve entrar em greve logo nas primeiras semanas da maratona.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página