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Com menor busca por vagas, cai desemprego

Taxa medida pelo IBGE foi de 5% em março, a mais baixa para o mês desde 2003

PEDRO SOARES DO RIO

Apesar da economia desaquecida neste início de ano, a taxa de desemprego segue em patamares historicamente baixos. Em março, o índice de 5% foi o menor para o mês desde 2003, segundo o IBGE. No mesmo mês de 2013, a taxa havia sido de 5,7%.

Essa taxa é calculada pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que levanta dados apenas nas seis maiores regiões metropolitanas do país.

A pesquisa tem metodologia e cobertura diferentes da Pnad Contínua, que é divulgada trimestralmente e também investiga o desemprego, mas em 3.460 cidades.

O objetivo do IBGE é que, a partir do ano que vem, apenas a Pnad Contínua seja divulgada. Nas divulgações mais recentes dessa pesquisa, o índice de desemprego era superior ao da PME.

MENOS PROCURA

A contradição entre uma economia que patina e desemprego reduzido nas seis maiores metrópoles do país se explica com a saída de pessoas do mercado de trabalho.

O aumento praticamente contínuo da renda familiar nos últimos anos e a exigência por maior qualificação dos jovens (que estão mais escolarizados) têm adiado a entrada no mercado de trabalho. O rendimento mais elevado permite também que mulheres saiam para ter filhos, por exemplo.

Os dados mostram que um terço de quem está inativo tem menos de 25 anos e 64% são mulheres, perfil que reforça a tese, dizem analistas.

Aumentou em 4,2% o contingente dos chamados inativos entre março de 2013 e o mesmo mês deste ano.

Vista por um outro ângulo, a tendência de menos pessoas no mercado de trabalho se traduz na redução, por seis meses seguidos, da População Economicamente Ativa (PEA), que soma os empregados e desempregados à procura de emprego.

Em março, a PEA caiu 0,6%, alcançando 24,138 milhão de pessoas nas seis regiões metropolitanas --o menor desde março de 2012.

Com isso, o desemprego declinou em março, apesar de o número total de vagas não ter aumentado --ficou estável ante março de 2013.

RENDIMENTO

Para o IBGE, a inflação mais elevada em março --quando o IPCA bateu em 0,92%, pico para o mês desde 2003-- corroeu a renda do trabalhador, que caiu 0,3% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2013, houve alta de 3%.

"A taxa de desemprego em patamares baixos indica pouca ociosidade no mercado de trabalho. Desta forma, os salários continuam em expansão, embora alguma moderação tenha ocorrido em março", diz Luka Barbosa, do Itaú.


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