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Pesquisa amplia abrangência da indústria

Produção de veículos em Goiás, informática na Zona Franca e agroindústria mato-grossense entram no cálculo

Economistas esperam pela reformulação da pesquisa do IBGE para refazer as estimativas para o PIB de 2014

DE SÃO PAULO

Economistas esperam pela reformulação da pesquisa da indústria porque, segundo eles, a medição envelheceu e estaria subestimando a realidade do setor.

O atual levantamento leva em consideração o retrato da indústria entre 1998 e 2000. Agora, a referência será 2010.

Embora aguardada, a novidade não fazia parte das previsões de analistas, nem para o PIB nem para a produção da indústria.

Segundo Bráulio Borges, economista-chefe da consultoria LCA, o IBGE havia sinalizado, no ano passado, que faria a atualização da pesquisa industrial, mas desde então não havia informado mais nada, o que teria deixado em aberto o cronograma.

Alessandra Ribeiro, da Tendências, disse que os questionamentos frequentes da consultoria ao IBGE eram respondidos com o argumento de que "faltavam braços".

Por isso, o resultado é esperado com certa ansiedade.

Para Borges, a mudança pode alterar o crescimento da indústria no ano passado de 1,2% para 2%. Se o impacto for esse, o PIB de 2013 poderia subir de 2,3% para 2,6%, pelo menos.

TERMÔMETRO

Embora tenha peso relativamente pequeno no PIB (cerca de 15%), a indústria afeta o desempenho de outros setores, como construção e comércio, e, por isso, é usada como um termômetro relevante de atividade.

Segundo Flávio Magheli, coordenador de indústria do IBGE, desde 2011 o instituto trabalha na reforma da pesquisa, que só agora ficou pronta. "As associações industriais estão acompanhando a reformulação desde o início", afirmou.

Ele ressaltou que a comunicação ao mercado foi feita dentro das normas, um mês antes da divulgação.

A nova pesquisa vai aumentar a quantidade de produtos e locais investigados, além de dobrar o grupo de entrevistados.

Exemplo de inclusão é a produção de duas montadoras instaladas em Goiás, do grupo Caoa (Hyundai/Subaru) e da Mitsubishi. Os cerca de 78 mil veículos produzidos no Estado em 2013 não foram contabilizados na produção industrial nacional. Vão ser contados a partir de agora.

Outra incorporação relevante será a produção de equipamentos de informática da Zona Franca de Manaus.

"O resultado da indústria tende a ficar maior porque os novos setores [que serão incorporados] estão crescendo mais", diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, referindo-se à produção de informática em Manaus e à agroindústria de Mato Grosso.


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