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A Copa como ela é

Efeito Copa barateia viagem das férias

Torneio faz demanda ficar fraca, o que corta preços de pacotes turísticos no Brasil e no exterior no meio do ano

Ofertas incluem bilhetes ida e volta SP-NY a US$ 759, SP-Miami a US$ 699 e pacote para Buenos Aires a US$ 370

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

Quem deixou a programação das férias de julho para a última hora pode sair ganhando. Os preços dos pacotes estão em média 20% mais baixos do que nas férias de julho do ano passado. Em alguns casos, há valores cobrados em baixa temporada.

"A Copa mexeu com a programação das férias das famílias. As pessoas ficaram apreensivas com os preços e achavam que ia ter problema no aeroporto", diz Valter Patriani, vice-presidente de vendas, produtos e marketing da CVC, maior agência de viagens do país.

O consumidor afinal não pagou os altos preços que estavam sendo praticados até o início deste ano e, agora, hotéis e aéreas estão fazendo promoções para não correr o risco de ficar com leitos e assentos vazios no mundial.

A CVC trabalha com tarifas promocionais de 11 companhias aéreas e de 332 hotéis para o período de meados de junho ao final de julho. Quem quiser ir para Nova York no dia 14 de julho, logo após a final da Copa, encontra passagem de ida e volta a US$ 759 (R$ 1.700) pela Avianca.

"Nunca vendi Nova York em julho por esse preço. Nessa época, custa sempre mais de US$ 1.000", diz Patriani.

Para o Nordeste, há pacotes de uma semana com aéreo, hotel e traslado por R$ 1.000 -quando na alta costuma custar R$ 1.400.

Uma das explicações para os altos preços está nos bloqueios de assentos e leitos feito pela agência Match, única autorizada pela Fifa a vender ingressos. Como a maior parte dos bloqueios não se transformou em vendas, houve um repentino aumento de oferta, pressionando os preços.

Nas últimas duas semanas, a Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) promoveu a Turismo Week, espécie de feirão de pacotes que acontece anualmente. Foram ofertados 1.600 pacotes para o período da Copa e o resto do ano.

Havia pacotes de três noites para Buenos Aires com avião, hotel, traslado e um passeio por US$ 370 (R$ 800). "No ano passado, um pacote desse não saía por menos de US$ 500", diz Marco Ferraz, presidente da Braztoa.

Segundo ele, as operadoras conseguiram negociar preços pelo menos 20% inferiores aos praticados em julho do ano passado. "Mesmo com o fim da Turismo Week, vamos ver muita promoção nas próximas semanas."

A TAM lançou promoção na noite de sexta, que vai até as 8h de amanhã, com passagens para voos domésticos e internacionais, incluindo os meses de junho e julho.

Em nota, a TAM justificou a promoção com uma previsão de queda nas viagens a negócio e a lazer. "Esse fenômeno já foi constatado na Alemanha e na África do Sul. No Brasil, ele será reforçado devido às férias antecipadas de algumas escolas e pela imagem de que estará mais complicado viajar no período", disse a companhia.

Dentre as ofertas, passagens São Paulo-Miami a US$ 699 (R$ 1.571) ida e volta.

CONCORRÊNCIA

O vice-presidente da Abav, Leonel Rossi Junior, acrescenta que os preços baixos também se devem à forte concorrência no setor, devido ao aumento da oferta. "Nos últimos três anos, 13 companhias internacionais começaram a voar para o Brasil. Está mais difícil lotar e isso é ótimo para o passageiro."


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