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Ações ajudam a turbinar a renda futura

Investir sozinho, porém, é mais arriscado do que em fundo ou plano de previdência

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Aos 24 anos, André Iochida já investe pensando na aposentadoria. E, como tem tempo até lá --o estudante planeja se aposentar por volta dos 50 anos--, optou pelo mercado de ações, em vez de planos de previdência privada.

"Investir sozinho em ações é mais arriscado e exige uma dedicação maior para acompanhar a aplicação. Em compensação, o retorno, no longo prazo, pode ser maior que em outras opções", diz.

Como exemplo, a simulação abaixo mostra que quem investiu R$ 500 por mês nas ações mais negociadas da Vale nos últimos 15 anos obteve R$ 351.201,58 --já descontados Imposto de Renda de 15% e taxas estimadas de corretagem (cobradas pela corretora ou pelo banco a cada operação e que varia conforme a instituição). Já na poupança, conseguiu R$ 164.238,23. E, em LFT (Letras Financeiras do Tesouro), R$ 232.381,86.

Os cálculos não contemplam comparações com planos de previdência privada porque seu histórico não é tão longo. Esse tipo de investimento ganhou impulso a partir da criação dos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), em 2002.

ESTRATÉGIA

A principal vantagem da aplicação em ações de longo prazo (acima de cinco anos), afirmam consultores, é que ela não exige um acompanhamento diário da oscilação dos preços dos papéis, como no caso de investimentos de poucos dias ou semanas.

O foco dos investimentos de longo prazo em Bolsa é em papéis que historicamente pagam bons dividendos --parte do lucro das empresas distribuída aos acionistas-- como os dos setores e bancário e elétrico.

"Mas é recomendável procurar ajuda de profissionais para decidir em quais ações aplicar", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho.

A corretora em que o investidor se cadastra para aplicar na Bolsa pode ser uma boa fonte de informações.

Alguns nomes importantes do mercado financeiro adotam essa tática do longo prazo associado aos dividendos e a recomendam, como Luiz Barsi Filho, um dos três maiores investidores pessoas físicas da BM&FBovespa, conhecido como "rei da Bolsa".

"Apesar de as empresas terem a opção de diminuir o percentual de dividendos quando há queda no lucro, ainda há expectativa de receber algo. Não há perda, o que é ótimo", disse Barsi, em entrevista à Folha, em março.

O consultor de finanças pessoais Mauro Calil, porém, faz uma ressalva.

"O fato de uma empresa pagar bons dividendos não garante retorno vitalício."

Isso porque a política de pagamento desse benefício varia de empresa a empresa e alguns fatores podem afetar negativamente essa remuneração, como uma queda do lucro ou do prejuízo.

Outro benefício do investimento em ações no longo prazo é a tributação.

Como o aplicador, nesse caso, compra as ações e as mantêm, fica isento do pagamento mensal de Imposto de Renda --cuja alíquota, de 15%, incide apenas sobre o lucro de quem vende mais de R$ 20 mil no mês.


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