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Título privado diversifica investimentos
CDB, LCI e LCA são alternativas para completar uso da renda fixa para a aposentadoria
Títulos privados de renda fixa, como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), também podem ser alternativas de investimento para a aposentadoria --além dos títulos públicos (leia mais na pág. B5).
"A vantagem para o investidor é que ele mesmo decide quando mudar seu portfólio, enquanto em um plano de previdência a decisão de alocar recursos é do gestor", afirma Alexandre Chaia, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa.
Outro benefício é que os custos de aplicar nesses papéis podem ser menores, o que representaria ganho maior do que em planos de previdência, a depender das características do produto escolhido --que variam.
Os planos de previdência privada cobram taxa de administração, que incide sobre todo o patrimônio do fundo, não apenas sobre o rendimento, e podem ter também taxas de carregamento de entrada (ao aplicar), de saída (ao resgatar) ou ambas. Além disso, há Imposto de Renda.
Em um CDB, o único custo é o IR. A LCI e a LCA nem esse custo têm, pois são isentas de IR para pessoa física, assim como a poupança.
Outra vantagem de CDB, LCA e LCI é que há cobertu- ra do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até o limite de R$ 250 mil por CPF por instituição financeira em caso de quebra do banco.
Com foco em bons resultados para a aposentadoria, a preocupação do investidor será reaplicar o rendimento obtido com os títulos, assim como no Tesouro Direto.
DIFICULDADE DE REVENDA
Quem pensa em investir em LCA e LCI, porém, deve ficar atento à dificuldade de revenda desses papéis, caso queira resgatar o dinheiro antes do vencimento. O título precisa prever essa possibilidade, e a instituição da qual o investidor comprou o papel tem de querer recomprá-lo também.
COMPOSIÇÃO
Para Chaia, do Insper, uma boa composição de carteira de renda fixa com foco no futuro seria de 70% dos recursos em uma aplicação de baixo risco de crédito, como um título público, e 30% em uma com um risco um pouco maior, como CDB e LCI.
A quem deseja investir em fundos de investimento, que têm gestores profissionais mas cobram taxas, a recomendação de especialistas é distribuir os recursos em mais de um produto. **(DB)*