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Caro dinheiro

Onde aplicar R$ 180 mil com baixo risco por dois anos?

S.C.B., DE CUBATÃO (SP)

Você diz em sua pergunta completa que busca alternativas à poupança e a investimento em ações da Vale, papéis que acumulam perdas nos últimos anos.

Como opções que podem proporcionar maior rentabilidade com baixo risco, há três modalidades que podem ser vantajosas pelo prazo desejado: Tesouro Direto --por meio das LTN (Letras do Tesouro Nacional) ou das LTF (Letras Financeiras do Tesouro), fundos DI e letras de crédito --tanto imobiliário (as LCI) quanto do Agronegócio (as LCA).

Todas as ferramentas citadas têm rentabilidade superior à da poupança e, nos últimos anos, tiveram resultados melhores do que as ações da Vale. Faremos uma análise da rentabilidade da poupança em comparação com cada modalidade.

Serão adotados os seguintes parâmetros: TR (Taxa Referencial) de 0,03% ao mês, CDI (taxa média de juros do empréstimo entre bancos) anual de 11,97%, com CDB (Certificado de Depósito Bancário) a 95% do CDI, taxa de administração de fundos a 1,5% ao ano, juros anuais de 12,47% para títulos LTN com isenção de tarifas administrativas, como algumas corretoras praticam, e remuneração das Letras de Crédito a 85% do CDI.

O título do Tesouro escolhido para a análise tem vencimento em 1º de janeiro de 2017, ou seja, validade de 32 meses, sendo essa a duração utilizada na simulação.

Considerando a aplicação de R$ 180 mil, obtemos, ao final do período, R$ 33,17 mil de rendimento na poupança. Nos fundos DI, por sua vez, R$ 45,85 mil. Nas LCA e nas LCI, R$ 50,75 mil. E o Tesouro Direto, ferramenta mais rentável, paga R$ 54,60 mil.

Em uma segunda simulação, dessa vez considerando R$ 150 mil aplicados em renda fixa e R$ 30 mil mantidos nas ações da Vale, temos rendimento de R$ 27,65 mil na poupança, R$ 38,21 mil nos fundos DI, R$ 42,30 mil nas letras de crédito e R$ 45,50 mil no Tesouro Direto.

No longo prazo, a Bolsa tem registrado retornos menores que os títulos de renda fixa, sendo mais interessante, principalmente para o perfil de baixo risco, aplicar em Tesouro. Ao mesmo tempo, a poupança se mostra o pior investimento nas condições atuais, podendo ser substituída por títulos, fundos e letras de crédito.

É importante atentar-se, em qualquer caso, às taxas cobradas pelas instituições financeiras, e, nos fundos DI e nas letras de crédito, deve-se analisar o risco do banco contratado para reduzir as chances de dores de cabeça.

Há bolha imobiliária no país? Compro imóvel?

M.D., DE SÃO PAULO (SP)

RESPOSTA DO PROFESSOR WILLIAM EID, DA FGV - De acordo com o Nobel de Economia Robert Shiller, bolhas são um tipo de epidemia social na qual as pessoas se movem pelo entusiasmo generalizado com supostas oportunidades de ganhar dinheiro.

Nas bolhas, todos acreditam que os preços vão continuar subindo sempre. Isso não acontece na vida real.

Preços que sobem muito, em particular altas que não têm sustentação, vão cair.

E é o que acontece hoje no mercado imobiliário brasileiro. Já não se discute muito se há ou não uma bolha.

O que vemos é que os preços estão em fase de estagnação, os lançamentos imobiliários diminuem e mesmo os incorporadores falam em descontos para vender.

Os preços subiram por alguns motivos. O principal foi a expansão de crédito imobiliário nos últimos anos. O volume de crédito cresceu mais de 500%.

Só que a alta no preços não foi acompanhada nem pelo aumento de renda da população nem pelo aumento dos aluguéis.

A bolha também não tem que estourar. Os preços podem ficar estagnados e a inflação fará, como está fazendo, o serviço. Com 6% de inflação ao ano, em três anos um preço nominal estagnado dará uma perda de 20%. Em cinco anos, quase 35%. E, com perspectivas econômicas para os próximos anos não muito boas, o caminho já está traçado.

Então o primeiro conselho é: deixe para comprar mais para a frente. Aproveite para acumular a "gorda entrada" de R$ 100 mil, que menciona em sua pergunta completa. E, para isso, o segredo é aproveitar as taxas de juros elevadas do momento.

Uma estratégia é buscar CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de bancos médios, que pagam mais que outros produtos e têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) de até R$ 250 mil por CPF por instituição.

Outra opção são fundos de renda fixa crédito livre, que investem em títulos de empresas, mas analise o desempenho passado e busque taxas de administração baixas.

Mas o principal segredo é manter a disciplina. Planeje aplicar um percentual dos seus ganhos mensalmente e cumpra o plano.

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"Invisto em meus próprios equipamentos de estúdio. Também aplico em previdência privada, viagens e cultura"
Mariana Aydar, Cantora


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