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GE e Siemens lançam ofensiva pela Alstom

Executivos das empresas expõem suas propostas pelos ativos de energia da empresa ao presidente François Hollande

Venda da companhia enfrenta resistência de franceses, que temem perda de empregos e avanço de estrangeiras

MICHAEL STOTHARD DO "FINANCIAL TIMES", EM PARIS

A norte-americana General Electric e a alemã Siemens lançaram ontem uma ofensiva para convencer o governo socialista da França a aceitar suas ofertas pela Alstom.

Jeff Immelt, presidente-executivo da GE, e Joe Kaeser, da Siemens, reuniram-se com o presidente François Hollande no Palácio do Eliseu depois que o governo ameaçou bloquear qualquer acordo que considere inadequado.

Revelado na semana passada, o interesse da GE pela empresa, que propusera US$ 13 bilhões por seus ativos de energia, provocou um debate nacional sobre o declínio industrial da França e estimulou os políticos a procurar alternativas, mesmo que o Estado não tenha mais nenhuma participação na Alstom.

Um executivo da indústria francesa disse que Paris estava "desesperada" para mostrar seu poder de intervenção depois de enfrentar críticas sobre aquisições recentes de empresas por estrangeiros.

O ministro da Indústria, Arnaud Montebourg, aparentava ontem ter preferência pela Siemens. A empresa alemã propôs uma troca de ativos, em que ela ficaria com os equipamentos de energia da Alstom, e a francesa, com a parte de trens da Siemens --o que criaria "duas campeãs europeias e globais".

Um funcionário do governo disse que Hollande não havia tomado uma posição sobre nenhuma das ofertas, mas reiterou que os critérios do governo eram a defesa dos empregos, a manutenção das operações na França e a independência energética do país.

A Alstom, que produz os trens de alta velocidade (TGV), foi salva da falência pelo governo da França há uma década e emprega no país cerca de 18 mil pessoas.

A GE argumenta que seu plano de adquirir as operações de energia da Alstom resultaria em menos perda de empregos, porque não existe sobreposição significativa entre os dois negócios.

No Brasil, a Alstom teve seu nome associado a investigações por formação de cartel em licitações do Metrô e da CPTM e sobre o pagamento de propina para fornecer equipamentos de energia em São Paulo.


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