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Captação da 'nova Oi' rende R$ 8,25 bi

Com o negócio, fusão da operadora com a Portugal Telecom avança para fase final; hoje começa troca de ações

Estrangeiros foram responsáveis por 80% da captação; preço pago pela ação com direito a voto foi de R$ 2,17

JULIO WIZIACK DAVID FRIEDLANDER DE SÃO PAULO

A Oi conseguiu levantar no mercado R$ 8,25 bilhões para sua capitalização e, assim, concluir a fusão com a Portugal Telecom (PT). Começa hoje a troca das ações das duas operadoras pelo papel da nova empresa, a CorpCo.

Nessa operação, investidores da Oi entregam suas ações ordinárias (com voto) e preferenciais em troca de papéis da CorpCo, empresa que controlará as duas operadoras.

A Folha apurou que a troca dos papéis da Oi será feita a uma cotação de R$ 2,17 pelas ações ordinárias e de R$ 2 pelas preferenciais.

A operação é parte da fusão entre as duas empresas e trará R$ 15,7 bilhões em dinheiro novo para que a Oi continue no cada vez mais acirrado jogo da telefonia.

Desse total, R$ 5,7 bilhões são os ativos da Portugal Telecom. Outros R$ 2 bilhões saíram de um fundo de investimento criado pelo BTG Pactual. O restante (R$ 8,7 bilhões) foi obtido por um sindicato de 14 bancos junto a investidores, principalmente fundos de investimento da Europa e dos EUA, que responderam por 80% dos recursos. O restante ficou com investidores nacionais.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e os fundos de pensão de estatais (Previ, Petros e Funcef) investiram cerca de R$ 860 milhões.

Ainda segundo apurou a reportagem, o banco colocou cerca de R$ 700 milhões. Os fundos, que tinham sido pressionados pelo BNDES meses atrás para aplicar R$ 600 milhões, só puseram R$ 160 milhões. Foram R$ 100 milhões da Previ (Banco do Brasil), R$ 50 milhões da Petros (Petrobras) e R$ 10 milhões da Funcef (Caixa Econômica).

A fusão entre as duas operadoras começou a ser traçada em julho de 2010, quando a Portugal Telecom vendeu sua participação na Vivo e entrou na Oi, comprando 12% por cerca R$ 8,3 bilhões.

Naquele momento, a Oi já estava em dificuldades, com um endividamento de cerca de R$ 30 bilhões, devido à compra da Brasil Telecom, em 2008. Essa transação só ocorreu porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a mudança das regras do setor de telecomunicações para permitir o surgimento de um gigante nacional capaz de se tornar global.

PORTUGUESA

Agora internacionalizada, a "nova Oi" terá 38% de participação dos sócios portugueses (45% do capital). Os sócios brasileiros terão 30%.

Juntas, as empresas terão valor de R$ 65 bilhões e contarão com 100 milhões de clientes no Brasil, em Portugal, na África e em Macau.

A maior parte dos ativos da Portugal Telecom (R$ 4,5 bilhões) será usada para pagar a dívida dos controladores da Oi com o BNDES. O restante ajudará na redução da dívida. Assim, a empresa ganha fôlego para competir com os rivais Vivo, Claro e TIM.


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