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Entidades sugerem campanhas públicas

Para agentes do setor elétrico, redução agora é importante para garantir segurança do sistema de energia no ano

ADRIANO PIRES
presidente do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura)

"Desde janeiro deveriam estar em curso medidas para estimular redução de consumo, com uma campanha na mídia, com formadores de opinião, como artistas de TV, explicando que a pouca chuva e o calor estão afetando o sistema elétrico e que há a necessidade de se economizar luz. Algo do tipo quem reduzir em 20% o consumo ganha um desconto na conta' funcionaria.

JOÃO CARLOS MELLO
presidente da consultoria Thymos Energia

"A única medida que pode ser tomada neste momento é de redução da carga, do consumo de energia. Seja o racionamento de energia, ou seja, um corte obrigatório, ou a racionalização, feita por meio de campanhas de conscientização.

"O governo pode fazer isso até o fim de maio, quando ele não terá mais dúvidas sobre a situação de recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.

"Pode-se pensar em garantir algum benefício para quem conseguir reduzir esse uso.

ALEXEI VIVAN
diretor-presidente da ABCE (Associação Brasileira das Companhias de Energia Elétrica) e do FMASE (Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico)

"Ainda existe possibilidade de racionamento. É um problema que ainda precisa ser resolvido. O sucesso do leilão não tem relação com a energia disponível para atender a demanda. Já passou o momento de propor isso, basta ver o baixo nível de chuvas que tivemos e dos reservatórios. Desconhecemos outra medida que não racionamento ou racionalização a curto prazo. A continuar como está existem sérias restrições à disponibilidade de energia já no fim do ano.

LUIZ AUGUSTO BARROSO
diretor da PSR, consultoria especializada no setor

"A decisão de racionar é muito difícil e tomada sob incerteza, o que pode levar a arrependimentos. A decisão que maximiza a segurança de suprimento para o setor em 2014 e 2015 é iniciar um processo de redução de consumo, via racionalização ou racionamento.

WALFRIDO ÁVILA
presidente da comercializadora Trade Energy

"Se até o ONS está dizendo que é melhor segurar energia no fim do ano, acho melhor ouvir o ONS. (...) Não basta apenas chover. Tem que chover muito, para encher os reservatórios.

CRISTOPHER VLAVIANOS
presidente da comercializadora Comerc

"Se não fosse uma medida política muito ruim de ser tomada, o ideal seria decretar o racionamento. Nenhum governo quer fazer isso, porque traz uma interpretação de que o setor não está sendo bem conduzido. Plano de contingenciamento de consumo é uma coisa normal, mas é uma medida impopular para ser tomada na véspera de eleição.

A solução seria abandonar um pouco o foco na modicidade tarifária e criar incentivos para contratação de fontes diversas, entre elas fontes térmicas e fontes renováveis. Ainda estamos com uma dependência muito grande de hidrelétricas.

JOSÉ WANDERLEY MARANGON LIMA
professor da Universidade Federal de Itajubá

"O governo deveria começar já a avisar a população que há um problema. Devia pedir que as pessoas economizem. Essa é a medida a se adotar no curto prazo para aliviar o consumo. Para médio e longo prazo, o governo devia pensar em como garantir que as obras de geração e transmissão não atrasem tanto.

Também é possível criar políticas para incentivar que o consumidor use placas solares em suas casas e gere ele próprio a energia de seu consumo.

CLAUDIO SALES
presidente do Instituto Acende Brasil

"O mais importante é entendermos que, se chegarmos ao fim do ano com níveis muito baixos dos reservatórios e energia armazenada em volumes muito pequenos, o custo para a sociedade passa a ser muito maior.

"O governo precisa dar mais clareza e transparência sobre a situação em que estamos. A qualquer momento, o operador pode considerar que vale a pena decretar algum tipo de redução de consumo e eu espero que, se isso ocorrer, eles estejam bem preparados para evitar a implementação de qualquer programa que venha cheio de erros.

"Qualquer decisão de redução artificial do consumo teria de ser muito bem preparada. E já está tarde para começar.

ILDO SAUER
diretor do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP

"O governo já deveria ter iniciado uma campanha de redução do consumo, como forma de evitar um racionamento mais drástico. Já deveria, primeiramente, ter convocado a população e pedir uma redução do consumo. Sem essas medidas, os reservatórios de água podem secar antes do final do ano.

CARLOS RIBEIRO
diretor de Operações da Cteep e Presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABCE)

"Um racionamento já deveria estar em curso. Já deveríamos estar com um racionamento de 5%.

JOISA CAMPANHER DUTRA
ex-diretora da Aneel e integrante do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV

"Um programa de racionalização do consumo seria extremamente benéfico, com compensações financeiras na conta de quem economizar energia.

"A redução do consumo por meio de programas de incentivo seria o recurso que estaria mais à mão.

DJALMA FALCÃO
professor de engenharia elétrica da Coppe/UFRJ

"A situação mais sensata no curto prazo seria reduzir a demanda por energia. Essa questão já deixou de ser técnica e passou a ser política. Concretamente, o incentivo financeiro na conta de luz para quem economiza daria um alívio até novembro, quando começam as chuvas.


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