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Brasil recupera sua fatia em fundos globais

DE SÃO PAULO

O Brasil recuperou parte do terreno que vinha perdendo em relação a outros países emergentes nas carteiras de fundos estrangeiros globais que investem em renda fixa.

A fatia atraída dessas aplicações pelo país atingiu seu nível mais baixo em 2013, segundo dados da consultoria EPFR. Mas, nos últimos dois meses, ocorre uma reversão.

Em março, o país recebeu 10,7% do total de dinheiro investido por esses fundos. Foi o maior percentual atraído pelo Brasil desde abril de 2012.

Além dos juros mais altos pagos pelo país, analistas ressaltam que o Brasil tem vantagens como baixo risco geopolítico.

Os investimentos destinados à Rússia, por exemplo, encolheram devido aos problemas na Ucrânia.

Depois de receber mais recursos que o Brasil durante quase todo o ano passado, a parcela de investimentos em renda fixa atraída pela Rússia caiu para 9,1% no fim de março. O Brasil também ficou à frente do México (9,4%).

Especialistas alertam, no entanto, para o risco de que o dinheiro investido em renda fixa volte a sair do país assim que sinais mais contundentes de recuperação da economia americana reapareçam.

Se indicações mais fortes de recuperação ressurgirem, é possível que haja um movimento de realocação de recursos de emergentes para o mercado americano.

Outro risco é que o desempenho da economia brasileira continue ruim, afastando investidores.

Uma saída brusca de recursos levaria a uma desvalorização cambial, com efeito negativo sobre a inflação, que já está em nível elevado.

Uma vantagem do Brasil é que parte do deficit em conta-corrente continua sendo financiada por investimentos estrangeiros diretos (IED), que são considerados mais estáveis e somaram US$ 14,2 bilhões no primeiro trimestre.

Mas parte desse fluxo (cerca de 30% do total) tem sido representada por empréstimos de matrizes no exterior às filiais no Brasil.

Isso significa que são recursos que não têm como destino investimentos produtivos no país. Podem estar sendo direcionados, por exemplo, a aplicações financeiras.


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