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Energia aumenta 1,6% em abril e pressiona gastos com habitação

Despesas menores com transportes, como combustíveis, ajudam a conter IPCA em abril

Inflação recua de 0,92% em março para 0,67% no mês passado; alimentos reduzem alta de 1,92% para 1,19%

PEDRO SOARES DO RIO

Se de março para abril a inflação perdeu fôlego, o mesmo não ocorreu no acumulado em 12 meses, que só sobe desde janeiro e encostou no teto da meta do governo. Até abril, a taxa ficou em 6,28% (era de 6,15% até março), próxima dos 6,5% estabelecidos como o topo e no maior nível desde junho de 2013.

O IPCA caiu de 0,92% em março para 0,67% no mês passado. O recuo se deu em razão da menor pressão dos preços dos alimentos, que subiram 1,19%, menos do que os 1,92% de março, mas ainda um ritmo forte.

Muitos grupos de grande peso no consumo das famílias já sobem acima da inflação média em 12 meses encerrados em abril. É o caso de alimentos (7,38%), habitação (7,62%), artigos de residência (6,83%), saúde e cuidados pessoais (6,62%), despesas pessoais (8,67%) e educação (8,65%). Esses três últimos agrupamentos estão entre os que concentram a maior parte dos serviços, que avançaram também acima da inflação, com taxa de 8,99%.

Apenas três grupos avançam em ritmo inferior à média: vestuário (4,75%), transportes (3,62%) e comunicação (0,59%).

Entre esses, a principal "âncora" consiste nas despesas com transportes, que em abril também ajudaram a conter o IPCA graças à redução dos preços de passagens aéreas (1,87%) e aos reajustes menores de etanol (0,59%), gasolina (0,43%) e ônibus urbanos (0,24%). O grupo, que só tem peso menor do que alimentos, teve alta de 0,32% em abril.

Outro foco de pressão veio da energia elétrica, cuja tarifa subiu, em média, 1,62% em abril e pressionou o grupo habitação (0,87%). O que mais preocupa, porém, é a evolução ao longo do ano e como será feito o repasse da despesa extra com o uso intensivo das usinas termelétricas em razão da seca deste ano.

Passada a fase mais crítica da estiagem, dizem analistas, os preços dos alimentos tendem a perder força nos próximos meses, o que já se vê com mais intensidade no atacado.

Ainda assim, os sinais são preocupantes. "Ainda que se espere arrefecimento substancial em alimentação, os números apontam uma perspectiva ainda bastante desconfortável para a inflação, haja vista a aceleração da taxa em 12 meses", diz a consultoria Rosenberg & Associados, em relatório.

O Itaú diz, também em relatório, esperar "que a inflação permaneça sob pressão nos próximos trimestres, em meio a um mercado de trabalho apertado, elevando as expectativas de inflação".

MANTEGA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a inflação "está caindo" e que não acredita que o IPCA vá estourar o teto da meta. A avaliação foi feita em participação no "Jornal Hoje", da Rede Globo.

"O que interessa é a [inflação] que está à nossa frente, e ela está caindo", afirmou.


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