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Aneel avalia ressarcir geradoras de energia; pedido é de R$ 20 bi

Usinas afirmam que, com os reservatórios baixos, precisam comprar energia mais cara

MACHADO DA COSTA DE SÃO PAULO

O governo federal está avaliando um pedido dos geradores de energia para ressarci-las do aumento de custos referente à queda do nível dos reservatórios das empresas.

Na quarta-feira (14), o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino, recebeu o pleito das companhias das mãos de Flávio Neiva, presidente da Associação Brasileira das Geradoras de energia Elétrica (Abrage).

No documento, consta uma projeção de prejuízo de R$ 20 bilhões entre o segundo trimestre e o último deste ano. Rufino prometeu avaliar, segundo a agência.

Neiva afirma que o diretor da Aneel reconheceu que há problemas no setor.

O deficit das empresas está relacionado ao baixo volume de chuvas, que diminui a capacidade de geração das usinas hidrelétricas e as forçam a compensar o suprimento de energia no mercado de curto prazo.

Neiva afirma que as geradoras estão precisando comprar cerca de 3.500 megawatts de energia no mercado de curto prazo, no qual os preços do megawatt estão no teto permitido em lei, de R$ 822,83 por hora.

A conta mensal pode chegar a R$ 2 bilhões, diz Neiva. "Vamos esperar o fechamento das contas de abril para saber exatamente o tamanho desse buraco."

O reconhecimento de Rufino de que há problemas no setor contradiz a versão oficial do governo federal, de que o quadro é de "risco de mercado" e não demandaria socorro.

SUPERESTIMADO

Segundo agentes do setor, não são todas as empresas que passam por dificuldades.

As principais geradoras, Eletrobras, Cemig, Cesp e Copel, inclusive, possuem energia de sobra para vender no mercado de curto prazo.

Uma estimativa mais realista, dizem, seria um custo mensal de R$ 1 bilhão para as geradoras, a partir de julho, quando o nível dos reservatórios pode ir abaixo de 30%, patamar crítico.


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