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País vê manobra americana para reduzir valor

DE BRASÍLIA

A mudança no valor de retaliação a que o país tem direito contra os Estados Unidos se deve em boa parte ao que o governo brasileiro considera uma manobra dos americanos.

A fórmula da OMC (Organização Mundial do Comércio) para estimar a sanção leva em consideração, entre outros fatores, o volume de crédito concedido por bancos privados brasileiros aos produtores americanos. Como outras instituições financeiras do mundo, eles atuavam nos financiamentos, recebendo as generosas garantias do governo americano.

Após a decisão da OMC, os EUA proibiram que as instituições do Brasil entrassem no programa, zerando uma das variáveis na conta e forçando o valor da retaliação para baixo. O governo brasileiro avalia o movimento como de "má-fé" e acredita que há espaço para solicitar a reforma da metodologia.

Mas isso precisaria passar pela retomada do contencioso na OMC.

Em 2010, a fórmula, feita em cima de dados de comércio de 2008, resultava em US$ 829 milhões em sanções, dos quais US$ 591 milhões teriam de ser usados necessariamente para a retaliação de bens.

Aplicada hoje, a metodologia só permitiria retaliação de cerca de US$ 500 milhões, de acordo com estimativas iniciais --sem "sobras" para propriedade intelectual, pois o mínimo exigido para a sanção em bens não caiu.

INFLAÇÃO

A decisão de retaliar não é simples. Além do peso político que um bloqueio do comércio traz, o governo teme complicações para a equipe econômica.

O Brasil importa muitos insumos industriais dos EUA e a decisão de aumentar a alíquota para a entrada dos produtos elevaria a pressão inflacionária num ano em que o governo luta para controlá-la.

Além disso, o país vem enfrentando dificuldades em seu comércio exterior com a queda nas exportações para a Argentina e para a União Europeia. Nesse cenário, os EUA vêm sendo um dos poucos mercados em expansão, ao lado da China. (RA)


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